O Rio Ave, da I Liga portuguesa de futebol, criticou sábado o comunicado emitido pelo Leixões, sobre os acontecimentos que levaram à interrupção do particular de sábado entre as duas equipas, devido a confrontos entre adeptos nas bancadas.
O emblema vila-condense considerou que a versão do sucedido relatada pelo clube de Matosinhos "descrevia os acontecimentos de forma errónea e assumia-se como um ato de desresponsabilização inaceitável".
Segundo o Rio Ave, foram estas mesmas palavras que o presidente do clube, António Silva Campos, transmitiu ao seu homólogo do Leixões, assim que o comunicado foi emitido na página oficial do clube da II Liga nas redes sociais.
"Foi uma surpresa quando foi referido pelo presidente do Leixões que desconhecia tal comunicado, que não seria da sua autoria ou com a sua permissão. O Rio Ave lamenta que assuntos destes sejam abordados e tratados com tal ligeireza e sem a responsabilidade devida", pode ler-se no texto publicado pelo emblema dos Arcos.
O Rio Ave acrescenta, no entanto, que lamenta "os atos praticados que levaram à interrupção do treino conjunto", reafirmando que "o clube, direção, jogadores e equipa técnica, não se reveem nos mesmos".
"Lamentamos que possam haver adeptos de futebol que entendam que a paixão ao seu clube vá além dos comportamentos normais de civismo, independentemente do clube”, vincaram os vila-condenses.
O Rio lembra, também, que os seus adeptos "não têm histórico de violência, bem pelo contrário, são conhecidos pela sua paixão ao clube, pelo acompanhamento próximo e pelo apoio, nos bons e maus momentos", demarcando-se das acusações que terá sido um seu adepto a despoletar os confrontos.
Ainda assim, o clube da foz do Ave vincou que "qualquer comportamento menos próprio dos seus adeptos, seja qual for a sua origem, provocado ou não, será sempre inaceitável e condenável".
Recorde-se que o jogo de preparação entre as duas equipas de sábado à tarde foi interrompido, aos 27 minutos, quando os adeptos das duas formações se envolveram em violentos confrontos nas bancadas, numa partida para a qual não tinha sido destacada vigilância policial.
O presidente da SAD do Leixões, Paulo Lopo criticou a "falta de organização" do jogo particular em Vila do Conde, relatando à Agência Lusa que na origem dos confrontos que ditaram o final prematuro da partida esteve "a reação do pai dos jogadores do Rio Ave, Yazalde e Jaiminho, a uma boca de um adepto do Leixões, ameaçando-o com uma faca".
Na sequência de todos estes incidentes, o Rio Ave anunciou que não marcará presença na partida de apresentação do Leixões, agendada para 15 de julho, tendo já encontrado um adversário - o Sporting de Espinho - para substituir o ensaio desse dia.
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