Era a crónica anunciada da 17ª vitória consecutiva do Benfica, para tentar manter vivo o sonho do título, mas o Marítimo fez tudo para reescrever a história deste jogo, que os encarnados acabaram por ganhar por 2-1.
Com uma entrada muito forte no jogo, o Benfica remeteu o Marítimo à sua defesa bem cedo. Aos 7’, Saviola deu o primeiro aviso, logo seguido de Cardozo, mas sem sucesso. Estava dado o mote para o ritmo que os campeões nacionais iriam imprimir: muito ataque e velocidade, bem comandados por Pablo Aimar. Todavia, a formação de Pedro Martins ergueu uma autêntica ‘muralha’ na defesa e não se coibiu de lançar venenosos contra-ataques.
Com efeito, os madeirenses subiam pouco no terreno, mas quando subiam era sempre com perigo, obrigando Luisão e Jardel a muita atenção, sobretudo em relação a Djalma.
Muita posse de bola não significa necessariamente golos – apesar de uma bola no poste de Gaitán - e assim o Benfica chegou ao intervalo empatado a zero e com uma tarefa difícil pela frente para bater este Marítimo.
No segundo tempo assistia-se mais do mesmo: o Benfica a atacar muito e o Marítimo a defender ainda melhor, numa demonstração de enorme solidariedade colectiva e também graças à excelência do guardião Marcelo.
Aos 57, Cardozo atira ao poste, mas a baliza não queria fazer o paraguaio feliz. Tal como Marcelo, que lhe negou o golo num livre aos 64. Dez minutos volvidos e Saviola rematava às malhas laterais. Parecia que os encarnados podiam atacar a noite toda e mesmo assim não marcar.
O desespero dos adeptos ficou ainda pior quando Djalma – já contratado pelo FC Porto para próxima época – fez o golo do Marítimo de cabeça, após canto, coroando uma excelente exibição.
O público da Luz não se deixou abalar e teve um papel decisivo a empurrar a equipa para a reviravolta, que nasceu nos pés de Salvio – terceiro jogo seguido a marcar -, com um desvio certeiro aos 81’.
Acreditava-se na vitória e quase se gritou golo quando Luisão cabeceou para a baliza, mas o árbitro Vasco Santos invalidou o lance por falta sobre o guardião maritimista. No entanto, os descontos iam mesmo proporcionar ao Benfica a 17ª vitória consecutiva, com Fábio Coentrão a assinar o golo decisivo.
Após o apito final os jogadores do Marítimo rodearam o árbitro da partida e que acabou com a expulsão de Robson já com a partida terminada.
O Benfica continua assim a oito pontos do FC Porto, quando faltam nove jogos para o fim do campeonato.
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