O presidente do Paços de Ferreira, Carlos Barbosa, reiterou hoje a sua indisponibilidade para continuar no cargo, numa Assembleia-geral (AG) em que os associados aprovaram um resultado líquido negativo de cerca de 100 mil euros relativo a 2010/11.
«O resultado do exercício fiscal de 2010/2011 não é nada preocupante, em função da dimensão do clube», disse o presidente da AG, Fernando Sequeira, referindo-se ao resultado líquido negativo de 100.372,41 euros.
Sequeira justificou este resultado com uma menor transação de ativos do clube, apesar da transferência de Mário Rondon para o Nacional, no início desta temporada, cuja verba permitiria diluir este saldo negativo, mas essa será apenas inscrita no exercício fiscal de 2012/13.
Os resultados apresentados aos cerca de 50 associados revelaram ainda uma «superdependência» do clube relativamente aos direitos audiovisuais, mesmo sem grandes custos com o pessoal, avaliados em dois milhões e 400 mil euros, mas a situação, insistiu Fernando Sequeira, «está perfeitamente controlada».
O presidente da AG deu também conta das diligências feitas junto do atual presidente para se encontrar uma solução diretiva, mas Carlos Barbosa confirmaria, depois, a sua indisponibilidade para se manter em funções como presidente para além de 30 de junho, alegando cansaço.
«Todos os elogios que se possam fazer a esta direção são muito poucos numa época em que fizeram o clube ressurgir do nada quando já ninguém esperava», sublinhou Fernando Sequeira, reconhecendo o desgaste que estas situações costumam proporcionar nas pessoas que, por carolice, trabalham em clubes da dimensão do Paços de Ferreira.
Uma das possíveis soluções, entretanto veiculada na imprensa, passaria pelo advogado do clube, mas Paulo Meneses fez questão de dizer que até se sentia com capacidade para ser presidente, mas garantiu não ter disponibilidade para o fazer.
Face a este impasse, foi marcada uma nova AG para o dia 10 de maio.
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