Depois de sete anos consecutivos de domínio do FC Porto ao “intervalo”, os “arsenalistas” conseguiram um feito que, nas derradeiras três décadas e meia, apenas o Boavista tinha logrado, por duas vezes, em 1975/76 e 2000/2001.

Desta forma, Domingos Paciência junta-se a dois ilustres treinadores, o malogrado José Maria Pedroto e Jaime Pacheco, os dois últimos técnicos a roubar o “título” de Inverno aos três “grandes” (Benfica, FC Porto e Sporting).

Em 1975/76, os “axadrezados” encerraram a primeira volta com mais dois pontos (26 contra 24) do que o Benfica e em 2000/2001, já com as vitórias a três pontos e em 17 jornadas, totalizaram 38, mais um do que o FC Porto.

O Boavista caiu para segundo na primeira ocasião, ao ser ultrapassado pelos “encarnados”, mas, na segunda, acabou mesmo por chegar ao título - repetindo o sucesso único entre os “pequenos” do Belenenses, na longínqua temporada de 1945/46 -, um ponto à frente dos portistas.

Nas restantes 32 temporadas, o FC Porto “virou” à frente em 21 ocasiões, o Benfica em oito (última vez em 1993/94) e o Sporting apenas em três (última vez em 2001/2002).

Chegar à frente no final da primeira metade, não significa, no entanto, acabar na frente e conquistar o título, embora isso aconteça na grande maioria das ocasiões.

Em 35 anos, o “campeão de Inverno” acabou por chegar à frente em 25 ocasiões, o que significa que aconteceram 10 mudanças de líder, metade das quais protagonizadas pelo Benfica (1975/76, 76/77, 86/87, 90/91 e 2004/2005).

Por seu lado, o FC Porto, que perdeu o comando em cinco ocasiões, conseguiu três recuperações, a última em 1985/86, e o Sporting duas, a derradeira em 1999/2000, rumo a um título que lhe fugia desde 1981/82.