O Sporting está unido e forte. Essa é a convicção de Torres Pereira, presidente da Comissão de gestão do clube. Numa conferência de imprensa no Auditório Artur Agostinho em Alvalade, onde marcaram presença os líderes das quatro claques do Sporting, Torres Pereira disse que o clube está com as claques e deixou ainda algumas 'farpas' ao rival Benfica.
"Estamos aqui reunidos com os representantes das quatro claques do Sporting, um grupo de pessoas que partilham do espírito de unidade e coesão desportiva que deve existir entre os adeptos e os dirigentes do Sporting. São uma referência insubstituível de cor e animação no Estádio. Há um protocolo que os identifica e caracteriza, com deveres e direitos de cada uma das partes. Estão legalizados no Instituto Português de Desporto e da Juventude e funcionam às claras, ao contrário do que sucede com o nosso rival que, apresar de ser obrigatório legalizar e identificar o grupo de adeptos organizados desde 2009, não tem legalizado e responsabilizado os seus adeptos. Não sabemos porque, se por receio,...", disse Torres Pereira.
Depois do que aconteceu em Alcochete com a invasão da Academia do clube por parte de meia centena de adeptos, na sua maioria, da claque Juventude Leonina, o presidente da Comissão de gestão do clube lembrou que "os acontecimentos de Alcochete também foram condenados pelos grupos de adeptos organizados do Sporting de forma explícita e inequívoca", pelo que agora é preciso esperar pela aplicação da lei.
"A Justiça encarregar-se-á do resto", atirou.
Torres Pereira aproveitou para mandar uns recados a Bruno de Carvalho, sublinhando que o Sporting está forte e revigorado.
"O Sporting de hoje não é o mesmo de há dois meses, ao contrário do que apregoa os profetas da desgraça. O 'leão' sarou as feridas, está revigorado e vai competir para derrotar os rivais no futebol e nas modalidades", comentou.
Também Sousa Cintra falou aos jornalistas e começou por dizer que os dirigentes leoninos "estão preocupados com a segurança dos adeptos porque todas as pessoas ficam preocupadas e, quando isso acontece, as claques são sempre as culpadas".
“A minha experiência leva-me a ter autoridade para falar sobre as claques, tive um relacionamento com as claques impecável. Houve coisas menos agradáveis, enquanto eu fui presidente do Sporting, mas tudo se resolvia entre nós porque as claques viam em mim um grande apoiante”, afirmou o presidente da SAD.
O antigo presidente dos ‘leões’ acrescentou ainda que “são outros tempos, mas neste tempo novo quero dizer que sou a favor da liberdade, mas que a liberdade sem responsabilidade não funciona. A responsabilidade é defender o Sporting em todos os momentos, isso inclui jogadores”.
“Não se ganha nada com gritarias e a chamar nomes ou tratar mal as pessoas. As guerras servem para outro tipo de gente e não para a família sportinguista. Peço amizade às claques. Sempre que fiz pedidos eles ouviram e tudo funcionou bem. Vão dar um exemplo de civismo e respeito”, concluiu Sousa Cintra.
Questionado sobre a possibilidade de fazer parte da candidatura de Dias Ferreira, Sousa Cintra afirmou que não se queria pronunciar sobre as candidaturas mas acabou por revelar: "Não sou candidato a nada, penso que estamos a fazer um bom trabalho, mas não vou apoiar nenhuma candidatura para não dizerem que eu estou a apoiar este ou aquele".
Antes do final da conferência, Torres Pereira voltou a falar dos outros clubes. "O exercício de autorregulação assumido entre o clube e as claques é bem revelador da responsabilidade com quem encaramos aquilo que aconteceu no Sporting. Não vemos esse exercício de autorregulação noutros clubes, porque não é usado noutros clubes nem cumprido pelas claques desses clubes. Outros locais tentam ludibriar a opinião pública, mas nos não o fazemos, tratamos de tudo às claras", disse o presidente da Comissão de Gestão dos 'leões'.
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