O Sporting venceu, esta quarta-feira o Santa Clara por 2-1 no Magalhães Pessoa e segue para a final da Taça da Liga onde vai encontrar o Benfica. Os leões estiveram em desvantagem, mas conseguiram dar a volta ao texto com um autogolo de Villanueva e uma grande penalidade convertida por Sarabia.
Abria-se caminho para a definição do segundo finalista da Taça da Liga. Santa Clara e Sporting mediam forças numa reedição de um duelo de há semanas atrás, que ditou a primeira derrota dos leões no campeonato por 3-2. O 'Leão' tinha todos os motivos para querer regressar ao caminho das vitórias. Para além de defender um título, que venceu em três das últimas quatro edições, os adeptos esperavam uma resposta após o desaire em Alvalade ante o Braga. O Santa Clara de Mário Silva, estreante nestas fase da prova, depois de eliminar o FC Porto queria colocar o Sporting fora de prova, depois de ter sentido o gosto dos três pontos frente à equipa de Rúben Amorim.
Quem colhe ventos, semeia tempestades e o leão tinha a perfeita noção de que não pedia facilitar se quisesse levar de vencido este adversário, que parece ter ganho um novo fulgor com a mudança no comando técnico. Para este jogo de 'mata-mata', os dois treinadores mudaram três pedras: Saíram Coates (de fora devido a compromissos das seleções) Feddal, Matheus Nunes e Paulinho do onze e . para os seus lugares, entraram Neto, Ugarte, Nuno Santos e Tabata. No Santa Clara, Ricardo Fernandes rendeu Marco na baliza, Sagna ocupou o lado direito da defesa por troca com González, Romão foi titular por troca com Morita.
Logo nos primeiros minutos o Sporting chamou para si o controlo das operações, canalizando o jogo pelo flancos atráves de cruzamentos venenosos pela banda de Nuno Santos. No primeiro quarto de hora, os lisboetas somaram muitos cantos, mas sem que nenhum criasse verdadeiro perigo. Os açorianos, ao fecharem o espaços, impedindo assim o Sporting de criar desiquibrios, chegaram-se à frente pela primeira vez num livre lateral, um aviso para o que aí vinha.
Mesmo sem meter muita velocidade no jogo, os lisboetas até podiam ter chegado ao golo cedo na partida. Novamente Nuno Santos a cruzar, confusão na área, mas sem que a bola sobrasse para os dianteiros leoninos. Sarabia teve nova chance, com o espanhol a passar por um adversário, mas com o lance a morrer nas mãos no guardião Ricardo Fernandes .
A passividade leonina na forma em como procurava ou não os desiquibrios, tornava-a uma equipa previsível e fácil de anular pelos defensores adversários. Ainda assim, o Santa Clara marcou contra a corrente do jogo: Livre batido por Lincoln, uma bomba do médio sem hipóteses para Adán.
Definitivamente sem estar em noite inspirada, os homens de Amorim foram para a frente, com Nuno Santos a assumir o papel de um dos mais inconformados, com o jogo atacante leonino a fluir quase em exclusivo pelo seu lado. Esgaio começou por dar o mote, num golo de foi anulado com recurso ao VAR. Face à menor assertividade dos leões, um cruzamento tenso de Nuno Santos redundou numa finalização para a própria baliza de Villanueva, com o central a não ficar isento de culpas. Ainda antes do intervalo, o susto voltou a assolar o coração dos verdes e brancos, com uma bola a beijar o poste da baliza de Adán . Cabeceamento venenoso de Cryzan após novo livre de Lincoln.
O Sporting foi senhor da primeira parte sim, mas foi o Santa Clara quem esteve mais perto de marcar. Na segunda parte, nas bancadas do Magalhães Pessoa - 7332 espectadores assistiram ao jogo - os adeptos do verdes e brancos ensaiavam cânticos de apoio. Às vezes é preciso um empurrão especial para limpar as núvens negras que podem advir em consequência dos maus resultados. A abrir o segundo tempo, a bola voltou a entrar das redes, num remate em arco de belo efeito, mas de novo anulado por fora de jogo. António Nobre, com o auxílio do VAR, viu uma mão na área no mesmo lance e assinalou penalti. Rui Costa foi expulso e o Santa Clara passou a jogar com 10. Na conversão, Sarabia não falhou, bomba do espanhol sem hipóteses para Ricardo Fernandes.
A inferioridade do Santa Clara, mudou a tónica de uma partida que até aí tinha sido dividida. Os dois treinadores mexeram no tabuleiro, o jogo não ganhou intensidade e espectáculo, antes pelo contrário. Os açorianos sem capacidade para esticarem o jogo, colocaram-se à mercê do Sporting que ainda podia ter dilatado a vantagem. Ricardo Fernandes em dois lances negou o golo ao Paulinho. Mas o que dizer de uma lance já no tempo de compensação: Remate de Matheus Reis, Ricardo Fernandes defendeu para a frente e avançado do Sporting com a baliza deserta falhou o que parecia certo.
Há noites assim e nada haveria mais a contar em relação ao filme do jogo e o Sporting é quem segue para final da Taça da Liga onde vai defrontar o Benfica.
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