Paulo Gonçalves foi detido por alegadamente ter subornado funcionários judiciais em troca de informações com bilhetes e produtos de merchandising do Benfica. O Obsevador avança que foram estas 'prendas' do assessor jurídico que levaram a polícia judiciária a avançar com a detenção que ocorreu na manhã desta terça-feira.

O jornal online escreve que Paulo Gonçalves terá utilizado lugares cativos para jogos do Benfica, camisola oficiais do clube da Luz e peças de merchandising de valor elevado que estavam para além das posses dos funcionários judiciais como moeda de troca para levar à suposta corrupção.

Recorde-se de que o Estádio da Luz está a ser alvo de novas buscas por parte das forças policiais. De acordo com o Correio da Manhã, a unidade nacional de combate à corrupção da PJ enviou dezenas de inspetores para novas buscas relacionadas com o 'Caso dos Emails'. O assessor do Benfica não seguiu para nenhuma esquadra uma vez que vai acompanhar as forças policiais nas buscas que estão a decorrer no reduto dos 'encarnados'.

A notícias de buscas no reduto dos 'encarnados' surge depois de, esta terça-feira, Paulo Gonçalves ter sido detido por suspeitas de subornos a elementos ligados ao caso. O assessor jurídico do Benfica terá agido para favorecer o clube da Luz e obter informações sobre o caso.

A Polícia Judiciária está ainda a realizar buscas em casas particulares, e nos tribunais de Guimarães e Fafe.

O 'Caso dos Emails' foi lançado por Francisco J. Marques que, no Porto Canal, revelou a troca de emails entre Paulo Gonçalves e várias personagens ligadas ao futebol. As revelações têm sido recorrentes, mas recentemente, o diretor de comunicação do FC Porto ficou impedido de revelar novas informações sobre o caso.

A primeira implicação de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica,  neste caso é em 17 de junho quando supostamente terá trocado emails com Mário Figueiredo, ex-presidente da Liga, e Nuno Cabral, ex-delegado da Liga. O primeiro fala de um pedido do antigo árbitro ao jurista ‘encarnado’, em outubro de 2014, para interceder a favor do árbitro Manuel Mota devido a uma nota negativa que recebeu num jogo entre o Vitória de Guimarães e o Marítimo. O dirigente benfiquista teria ainda recebido emails de Adão Mendes a pedir que intercedesse a favor do filho Renato Mendes, árbitro da AF Braga.