Arranca esta quarta-feira aquela que vai a ser a edição mais longa da história dos campeonatos nacionais, depois do adiamento das últimas 10 jornadas devido à pandemia da COVID-19.

Serão previsivelmente 352 dias entre a 1.ª e a 34.ª jornada da prova (Deverá realizar-se no dia 26 de julho).

Veja o calendário da I Liga

A competição foi suspensa dias após os embates de 8 de março, da 24.ª jornada, o último dos quais o triunfo do Vitória de Guimarães em Paços de Ferreira, por 2-1, e será retomada 87 dias depois, com a receção do Portimonense ao Gil Vicente, em 03 de junho, a partir das 19:00.

Hoje é dia de regresso da competição com os seguintes jogos: Portimonense-Gil Vicente e o Famalicão-FC Porto.

A bola rolou pela última vez em Portugal a 8 de março, antes da pandemia obrigar à paragem da competição. 87 dias depois, a bola volta a rolar. Esta é a história dos últimos meses na I Liga.

Recorde tudo o que passou na competição até ao regresso nesta cronologia preparada para si

Como mexeu a classificação até à paragem?

As últimas jornadas do campeonato antes da suspensão ficaram marcadas pelas movimentações na liderança do campeonato, com o FC Porto a retirar o 1.º posto ao Benfica, 14 jornadas depois.

SAIBA TUDO SOBRE O REGRESSO DA I LIGA NO ESPECIAL DO SAPO DESPORTO

O top-5 na I Liga teve muitas mexidas em 24 jornadas. Na primeira metade da tabela uma equipa consegui afirmar-se: O Famalicão não deixou o primeiros cinco lugares até à 19.ª jornada, tendo inclusive ocupado o lugar mais alto do pódio por quatro jornadas.

Até final, uma das lutas mais acesas será pelo pódio da Liga, com várias equipas na liga a já terem ocupado esse posto que pertence atualmente ao Sporting de Braga, mas que já foi detido por FC Porto, Famalicão, Sporting e SC Braga, que tirou o lugar ao Sporting à 20.ª jornada.

Veja a evolução da classificação da Liga até à paragem

No fundo da tabela, o Aves não deixa o último posto desde a 6.ª jornada. O penúltimo foi ocupado durante oito jornadas consecutivas (da 6.ª á 14.ª) pelo Paços de Ferreira, que se colocou acima da 'linha de água' à 15.ª, atirando o Portimonense para o primeiro lugar de despromoção onde se manteve até agora.

Dérbis, clássicos e jogos que prometem ser autênticas finais no que resta disputar na I Liga

Com 10 jornadas por disputar até ao final do campeonato e 90 jogos pela frente há ainda vários objetivos em disputa. Seja na luta pelo título, por um lugar no pódio, pela disputa de lugares europeus e luta pela permanência. Há vários clássicos, um dérbis e motivos de interesse para não querer 'pitada' das últimas 10 jornadas do campeonato.

Mas se tem dúvidas sobre que jogos ver, pode consultar o nosso calendário da competição, com as datas e horas dos jogos.

Benfica e FC Porto jogam só uma vez ao fim de semana

O FC Porto e o Benfica apenas disputam um jogo ao fim de semana, o primeiro de julho, de acordo com o calendário das 10 últimas jornadas da I Liga de futebol.

Com exceção da 34.ª e última ronda, prevista para 16 de julho e, regulamentarmente, dependente da tabela classificativa para ser agendada, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) divulgou o programa da retoma, com arranque em 03 de junho.

Quais são os palcos onde vai ser jogada o que resta disputar na competição?

A I Liga portuguesa de futebol regressa na quarta-feira, quase três meses depois, para umas últimas 10 jornadas sem público, uma dezena de substituições por jogo a partir, tudo indica, da ronda 27 e testes constantes à COVID-19.

Os 90 jogos em falta vão decorrer maioritariamente durante a semana, com apenas um dia de intervalo entre jornadas (dois da 32.ª para a 33.ª) e em 17 estádios, entre eles a estreante Cidade de Futebol, em Oeiras, palco dos 10 jogos ‘caseiros’ de Santa Clara e Belenenses SAD, os únicos que jogam em campo neutro.

O Estádio Municipal de Famalicão, recinto do FC Famalicão,  foi o último a receber aprovação por parte das autoridades de saúde para acolher encontros no regresso da I Liga portuguesa de futebol.

Quem mais perde com jogos à porta fechada na I Liga? Sem público, não há assobios... nem aplausos

O regresso do futebol pós COVID-19 só deverá acontecer com jogos sem público nas bancadas. A Alemanha foi o primeiro das grandes ligas a recomeçar, com as bancadas dos seus modernos estádios despidas de adeptos. Uma imagem desoladora na Bundesliga, uma das com maiores médias de espetadores do Mundo.

Portugal, um dos países europeus que já tem data marcada para o regresso do futebol profissional, dará o pontapé-de-saída no que resta da I Liga esta quarta-feira, com dois jogos, dos 90 que faltam disputar para fechar a prova. A Primeira Liga foi a única a receber 'luz verde' para o recomeço mas sob o alto escrutínio das autoridades de saúde e várias regras a serem cumpridas, mas sem adeptos.

Este futebol que agora regressa pouco tem a ver com aquele que se jogava ainda no início de março. Os jogadores não sentirão o calor dos adeptos, estes últimos não poderão ver os seus ídolos ao vivo, nem juntar-se com os amigos para festejar os golos das suas equipas. Perdem os adeptos mas perdem também os clubes, que deixam de faturar tanto nas bilheteiras como na venda de produtos oficiais, como camisolas, cachecóis e outros acessórios.

Confira a média de espectadores dos clubes da I Liga até à 24.ª jornada

Máscaras nos bancos, desinfeção de bolas e silêncio ensurdecedor. Quais são as regras para o reinício da I Liga?

Já são conhecidos os recintos aprovados para receber os 90 jogos que faltam jogar na I Liga.

Algumas imagens vão ficar certamente na retina dos adeptos nos encontros transmitidos na televisão tais como: As máscaras nos bancos de suplentes, a constante desinfeção de bolas e o silêncio ensurdecedor.

Jogadores no banco e mais substituições

No banco de cada formação, estarão, devidamente separados, um total de nove suplentes, mais dois do que o habitual, pois serão permitidas um máximo de cinco substituições por equipa, em três momentos do jogo e ainda ao intervalo.

Esta medida não entrará, no entanto, em vigor logo na primeira jornada da retoma, a 25.ª, já que o Marítimo fez ‘finca pé’ e ‘obrigou’ a que uma decisão tenha de passar por uma Assembleia Geral da Liga de clubes, marcada para 08 de junho, véspera do arranque da ronda 26.

Quem pode entrar nos estádios?

Já se sabe que os jogos vão ser à porta fechada e que só um número limitado de profissionais vão poder assistir às partidas e encontrar-se no interior dos recintos.

O plano da Liga Portuguesa de Futebol prevê um máximo de 185 pessoas nos estádios durante os jogos, assim como um espaço para a monitorização da temperatura corporal para o acesso à zona técnica.

Sem público nas bancadas, autoridades vão estar atentas aos ajuntamentos

Os jogos não terão público nas bancadas mas nem por isso deixam de ser uma preocupação para a PSP. Sem poder ir aos estádios e com os cafés ainda sem ordens para abrir, os adeptos deverão arranjar formas de se adaptarem, juntando-se em locais estratégicos de concentração. O problema irá crescer se houver ajuntamentos de adeptos de claques rivais nas imediações de um estádio.

Veja o vídeo da reportagem do SAPO Desporto

A PSP terá de se readaptar aos jogos à porta fechada e a presença de adeptos no exterior dos estádios.

Testes 24 horas antes dos jogos

A partir do retomar da I Liga as equipas vão ser testadas uma vez antes de cada encontro. O grupo de especialistas de saúde constituído pela Federação Portuguesa de Futebol reuniu-se com a Direção-Geral de Saúde e ficou acordado que todas formações terão de ser submetidas ao rastreio de COVID-19 nas 24 horas que antecederem cada partida.

O plano inicial desenhado pela DGS apontada para a necessidade de realização de um teste 48 horas antes do encontro e outro o mais perto possível do início do mesmo. Agora, contudo, a solução final encontrada passa pela realização de apenas um desses testes no período de 24 horas antes da partida.

Festejos condicionados

Diferentes, desde quarta-feira, vão ser os festejos, de golos, vitórias ou outros, pois não são permitidos aglomerados entre os elementos das equipas (jogadores, treinadores e restante ‘staff’), beijos ou abraços: umas ‘cotoveladas’ e pouco mais.

Quanto ao ‘produto’ final, tudo se mantém idêntico, com três pontos para os vencedores, um para os que empatarem e nenhum para os que perderem, sendo que, nesta ‘batalha’, o FC Porto arranca na frente, com mais um ponto do que o Benfica.

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