Frederico Varandas quer mudanças na comunicação do Sporting. O líder leonino disse, em entrevista à Sporting TV, que jamais irá censurar quem quer que seja na televisão do clube, onde defende um espírito livre e direito à opinião.

"Isto vem do estilo de comunicação, que tem desagrado muita gente que estava habituada a outra coisa. Estamos aqui para fazer e quando entenderemos falar, falaremos. Não é preciso estar sempre a fazer barulho e não é por estar calado que se defende pior. Não ladro mas se tiver que morder, mordo. Este é o nosso estilo de comunicação. Revejo-me nesta Sporting TV. Hoje não há cartilhas para nenhum comentador. Isso é algo indigesto e horrível. "Quero que os comentadores digam o que acham livremente. Nesta Sporting TV jamais se vai editar imagens ou editar o passado. Ninguém vai dar lições de democracia a este Sporting", garantiu, em entrevista à Sporting TV.

No dia em que completou 100 dias à frente do clube, Varandas falou de quase tudo. Um dos temas abordados foi a situação das claques. Varandas promete rever o protocolo que o clube com os seus grupos de adeptos.

"Pouco interessa a relação que as claques têm comigo, interessa é a que têm com o clube. Se é boa ou má depende de muita coisa. Vou fazer sempre o que entender ser melhor para o Sporting. Não quero acabar com claques. Eu fui da Juventude Leonina e pagava o bilhete da claque. Temos feito reuniões com as claques, vamos chegar a um acordo para que o Sporting fique satisfeito. Neste momento existe espaço para adeptos, sócios e claques. Temos de estar imbuídos no mesmo espírito. Há coisas que já mudaram, outras estão a mudar. Estamos a conversar", explicou.

Esta entrevista à Sporting TV ocorreu dois dias depois de os sócios terem rejeitado em Assembleia-Geral o recurso à suspensão por um ano do antigo presidente, um resultado que Frederico Varandas disse ser decorrente dos estatutos do clube, rejeitando qualquer "caça às bruxas".

"Mais importante que a leitura dos resultados é dizer que esta direção respeita os estatutos do Sporting. Esses sócios foram suspensos e dois expulsos [Trindade Barros e Elsa Judas] e recorreram da decisão do Conselho Fiscal. Por isso foram a AG dos sócios, não foi a direção que a convocou. Esta direção não faz caça às bruxas", garantiu.