O vice-presidente da União de Leiria, Paulo Sarraipa, defende que a polémica em torno da utilização do Estádio de Leiria pela equipa da Liga de futebol será resolvida se o clube e a SAD ficarem a gerir aquela infra-estrutura.
“Faço o desafio à Leirisport [empresa municipal responsável pelo estádio]: que dê à SAD e à União de Leiria a exploração e a gestão do estádio. Consigo reunir ideias e pessoas com capacidade para o rentabilizar”, considera o dirigente do clube, responsável para a área do futebol profissional.
Paulo Sarraipa acredita ser possível encontrar para o estádio outro modelo de gestão e até já discutiu essa possibilidade com o presidente da Câmara de Leiria.
“Há uns meses falei com Raul Castro e com a direcção da União de Leiria. A situação não avançou, mas agora, se houver bom senso, isso pode acontecer e assim resolver esta polémica”, explicou.
Segundo a proposta do vice-presidente da União de Leiria, a autarquia asseguraria a “água, luz e o que é fundamental para o dia-a-dia”.
“O resto seria assumido pela União de Leiria. Não iríamos inventar nada, iríamos vender a imagem do estádio, como por exemplo Braga fez”, sublinhou.
A União de Leiria anunciou há um mês a sua saída do Municipal de Leiria, por considerar inviável o pagamento de 250 000 euros por ano à Leirisport pela utilização do estádio da cidade.
Perante a inflexibilidade da empresa municipal e do principal accionista da Leirisport, a Câmara de Leiria, a SAD recuou e informou, na semana passada, que pretendia continuar a jogar em Leiria, mesmo não existindo um acordo nesse sentido entre as partes.
Paulo Sarraipa, que é também empresário e patrocinador da SAD e do clube de Leiria, assume um grande desgaste no processo em torno da utilização do estádio e ameaça demitir-se e retirar apoios.
“Vou demitir-me da vice-presidência porque não me revejo neste tipo de politiquices que desgastam uma região, um clube e uma SAD. Se até ao fim desta semana o senhor presidente da Leirisport não revir a posição inflexível e arrogante que está a ter, afasto-me. Ele está a pôr em risco 400 crianças e jovens que praticam futebol nas camadas jovens da União de Leiria”, rematou.
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