André Villas-Boas pediu a remarcação da Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, agendada para esta noite, por entender que não existem condições ideais para a realização da mesma.

"Fica registada a falta de organização de uma AG Extraordinária. Quero agradecer a todos os sócios aqui presentes, principalmente estes que sentem o FC Porto de forma muito intensa e marcaram presença. Esperava outra organização. Foi-nos dito que o presidente da Mesa da Assembleia Geral queria mudar para outro local e para daqui a 45 minutos o que, tendo em conta as filas até ao fim da VCI, podem calcular que o registo de sócios é difícil de acontecer. Lamentavelmente, não há condições para tomar qualquer decisão nesta AG Extraordinária, pelo que peço ao presidente da Mesa que reconsidere a suspensão desta AG Extraordinária e a remarque para um local e uma hora apropriada para que todos os sócios do FC Porto possam votar livremente na proposta de alteração dos estatutos", criticou o antigo treinador portista, um dos prováveis candidatos à presidência do FC Porto.

Marcada para às 21h00 desta noite, quase quatro mil associados fizeram questão de marcar presença para uma AG que devia acontecer no auditório do Dragão, com capacidade para 400 pessoas.

Antes da hora, a fila para a entrada era longa, com sócios a preencherem as imediações do Estádio do Dragão. A forte afluência levou o FC Porto a adiar a mesma por uma hora e meia e mudar a AG para o pavilhão Dragão Arena, que também mostra-se pequeno para tanta afluência.

Antes de Villas-Boas, Nuno Lobo, antigo candidato à presidência do clube azul e branco, tinha criticado a organização da AG do FC Porto por entender que não

"Espero que se ela se realize, mas não acredito, já estive noutras AG e temos uma sala em que caberão 120 ou 130 pessoas, mais ao molho. Não percebo como é que uma AG extraordinária é marcada para um auditório pequeno, podiam ter previsto isto, podia ter-se realizado no Dragão Arena. Temos aqui milhares de pessoas, sinal de vitalidade numa situação difícil que o FC Porto atravessa. Acho que vão ter de marcar outra data. Não sei… Temos meio ou um quilómetro de pessoas na fila. Os sócios querem saber do clube, estão preocupados e o FC Porto está bem vivo. Quanto aos estatutos, há pontos que não comento agora, é para discutir lá dentro, mas há alguns que não têm razão de ser. Serei candidato independentemente de fatores externos. Em junho cá me apresentarei. Já falei com o Dr. Lourenço Pinto, por telefone, o presidente da AG, a dizer que as eleições devem ser após o fim do ano desportivo", disse, aos jornalistas.