Cerca de 250 adeptos do Leixões, da II Liga de futebol, participaram hoje "numa caminhada cívica contra o que está a ser mediatizado em torno das detenções no clube", disse à agência Lusa João Pereira.

O vice-presidente do 'Movimento Leixões' esclareceu que a iniciativa "foi espontânea" e que não pretende "tocar na ferida" que decorre das investigações em que se viram envolvidos o presidente e diretor desportivo do clube, respetivamente Carlos Oliveira e Nuno Silva, em torno de alegadas tentativas de manipular resultados desportivos na II Liga.

"Queremos mostrar às pessoas que os adeptos do Leixões não são corruptos, nem racistas, nem arruaceiros, e que estamos contra a corrupção no futebol", frisou João Pereira.

E acrescentou: "Fiquei incrédulo quando soube das detenções, pois, como adepto que assistiu ao jogo em Oliveira de Azeméis, não vi nada que fizesse pensar em manipulação."

A caminhada decorreu entre o Estádio do Mar e a marginal de Matosinhos "de forma silenciosa", numa manifestação de apoio de um movimento "que vive o clube de forma muito intensa" e que não exclui, no futuro, "vir a avançar de maneira mais concertada e proativa com outras ações em defesa do bom nome do Leixões", disse o dirigente.

Carlos Oliveira e Nuno Silva encontram-se com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, tendo ambos sido obrigados pelo tribunal a suspender as funções que exerciam no clube.