Os associados do Leixões, da II Liga de futebol, reunidos em assembleia geral que terminou já de madrugada, nomearam hoje uma comissão administrativa (CA) para gerir o destino do clube num prazo até 90 dias.
A CA, aprovada pela maioria dos cerca de 80 associados presentes, será formada por três sócios: Carlos Correia (presidente e sócio 2837), Duarte Anastácio (1704) e Paulo Ferreira (1125).
Na reunião, que se prolongou por cerca de quatro horas e que decorreu à porta fechada no pavilhão Siza Vieira, em Matosinhos, os associados tiveram acesso ao extenso relatório da comissão de análise da situação do clube, apresentado pelo professor Henrique Calisto, e "que deu conta das projeções financeiras da direção, única informação a que teve acesso, e não das contas específicas do quotidiano deste", disse o líder da CA.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Correia informou que o relatório apresentado "específica ainda que o Processo Especial de Revitalização (PER) não está a ser cumprido".
"As guias de pagamento ainda não foram emitidas pela Segurança Social, pois todos os meses tem de ser feito um depósito autónomo do PER, o que não está a acontecer", sublinhou.
A CA fica responsável por, num prazo até de 90 dias, "gerir e cumprir com as obrigações, pacificando o clube para a marcação de eleições, facilitando o surgimento de gente credível para assumir os destinos do Leixões", explicou.
Foi também apresentada uma moção relativa ao Campo de Santana, que "exige que os futuros responsáveis do Leixões o mencionem nos seus planos de atividades e que seja prioritário fazer força junto da autarquia para conseguir a revitalização daquele espaço", informou Carlos Correia.
Da direção demissionária compareceram na reunião quatro elementos e um vice-presidente do Conselho Fiscal.
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