O ‘capitão’ do Vilafranquense, André Ceitil, disse hoje à agência Lusa que pretende ajudar o clube a conseguir a melhor época de sempre na II Liga portuguesa de futebol.

“Queremos fazer melhor do que na última temporada, nem que seja uma posição acima, mas ficar melhor classificados”, assumiu o médio à Lusa, esperando uma equipa a mostrar o que é a “raça do jogador à Vilafranquense”.

Os ribatejanos, refira-se, alcançaram em 2021/22 a melhor classificação de sempre no segundo escalão, tendo terminado o campeonato na 12.ª posição, com 41 pontos, fruto de 10 vitórias e 11 empates.

“Temos um plantel com bastante qualidade, isso tem vindo a refletir-se nas sessões de treinos e nos particulares de preparação, e acredito que o vamos atingir”, acrescentou.

Sobre o novo técnico [Rui Borges], o capitão sublinhou o “bom” trabalho que tem vindo a ser efetuado durante a pré-temporada.

“O mister Rui Borges é um treinador muito sério, muito rigoroso, e que privilegia muito o trabalho, por isso, creio que será uma boa época”, destacou, garantindo que “a equipa está a entrosar-se cada vez mais” e que “o estágio em Peniche está a ajudar a cimentar a união no grupo”.

Ainda assim, recorda que o facto de o Vilafranquense continuar a jogar em Rio Maior, a 40 quilómetros de Vila Franca de Xira, é um entrave para o crescimento do clube, pelo que, o principal objetivo, numa primeira fase, “apenas” poderá ser a permanência.

“Temos muitos adeptos que nos vão apoiar a Rio Maior, mas o facto de não termos estádio em Vila Franca de Xira, onde o apoio se faria sentir numa escala muito maior, não nos permite ambicionar mais do que a manutenção”, disse, lamentando que o Vilafranquense ainda tenha de aguardar “mais três anos para jogar em sua casa e diante dos seus adeptos”.

André Ceitil renovou recentemente com o clube, avançando para a quarta temporada consecutiva nos ‘piranhas do Tejo’, e revelou que o objetivo foi sempre ficar.

“A parte desportiva pesou na minha decisão, uma vez que existe um projeto sustentado e com boas ideias, mas também pesou a parte sentimental, porque é um clube que me diz muito a mim e à minha família”, referiu o futebolista, mostrando-se bastante orgulhoso por continuar a alinhar com as cores do Vilafranquense.

Além disso, o médio, de 27 anos, também não esquece o apoio que sentiu quando viveu o momento mais difícil da sua carreira na última época.

“No ano passado, quando me lesionei, o clube quis renovar comigo apesar de estar em processo de recuperação e de nem sequer saber se voltaria a jogar futebol”, recordou, reiterando que o clube lhe ‘deu a mão’ e que quer agora retribuir esse gesto.

André Ceitil voltou à competição em janeiro, depois de uma necrose do côndilo femoral interno o ter obrigado a duas operações e a uma paragem prolongada de mais de um ano.

Totalmente recuperado, e apto para o arranque do campeonato, agendado para o dia 07, na visita ao Moreirense (15:30), o jogador aponta agora a mira à melhor época da carreira.

“Quero mostrar que a lesão está superada, fazendo o maior número de jogos possível, e ajudar o clube a alcançar os objetivos”, disse, atirando que se apresenta para a temporada 2022/23 “mais experiente” e com “todos os ingredientes reunidos” para ser “a melhor época da carreira” enquanto futebolista.