O avançado Bock confirmou hoje que vai continuar a jogar futebol, adiando a retirada dos relvados pelo menos por uma época, e mantém esperança numa possível repescagem do Freamunde na II Liga, evitando a descida de divisão.

«[O Freamunde) é o clube que eu amo, é o meu clube e vejo esta descida com muita tristeza e um sentimento de grande impotência. Não há palavras para descrever este sentimento», disse Bock, em declarações à agência Lusa.

O experiente avançado, de 37 anos, prometeu, no entanto, «lutar com todas as armas até ao fim» para que o Freamunde possa ser antepenúltimo e beneficiar de uma eventual repescagem.

Sobre o que correu menos bem, o "capitão" diz que «falharam muitas coisas», lembrando, nomeadamente, que «não é fácil ter três treinadores numa época» e que «a inexperiência da equipa também não ajudou».

«A equipa beneficiou da experiência do Orlando e do Tengarrinha, contratados em janeiro, mas os adversários diretos começaram a ganhar e nós também falhámos em alguns jogos», afirmou, depositando na cidade e nos freamundenses a decisão sobre o caminho a seguir.

Em relação ao seu futuro, Bock diz já ter decidido continuar a jogar futebol, adiando a retirada dos relvados por mais uma época, e admitiu que poderá deixar o Freamunde.

«O que sou como jogador, devo-o ao Freamunde, mas também não sei se querem que continue. Não vou abandonar [os relvados] e isso é certo», confirmou, explicando que não conseguiu ficar indiferente aos apelos do treinador Jorge Regadas, do preparador físico e dos próprios colegas de equipa, para quem «seria uma grande asneira acabar já».

«Vou deixar que as coisas aconteçam, mas ir para o estrangeiro só acontecerá se surgir uma oportunidade de me fazer perder a cabeça», concluiu.

O Freamunde ficou oficialmente despromovido na quarta-feira, após o empate (2-2) no reduto da Naval 1.º Maio, a duas jornadas do fim da II Liga de futebol.