O presidente do Santa Clara foi terça-feira à sala de imprensa denunciar uma alegada falta de interesse por parte "de alguns setores do futebol português" em ter uma equipa açoriana na I Liga.
"Nós, às vezes, ficamos com a ideia que existem alguns setores do futebol português que não querem uma equipa dos Açores na primeira divisão, mas nós estamos aqui, nós continuamos na luta, vamos estar na luta, muitas vezes lutando todos os dias por situações que nós não controlamos e aquilo que pedimos e exigimos é mais respeito, não apenas pelo Santa Clara mas por todos os açorianos e açorianas", afirmou Rui Cordeiro, no Estádio de São Miguel, após o 0-0 com o Sporting de Braga B.
O presidente do único clube açoriano que compete na II Liga de futebol sublinhou que o Santa Clara se sente “muitas vezes desrespeitado", não só “na própria casa” (Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada") como em “vários campos” e garantiu que vai passar a mensagem “na Federação (Portuguesa de Futebol), na Liga e no Conselho de arbitragem”.
"Claramente, hoje, independentemente do que a equipa produziu, houve dois penáltis claros que não foram marcados a favor do Santa Clara. Já no jogo com o Covilhã, fomos altamente limitados, inclusive muitas vezes pondo o ‘mister’ Carlos Pinto num crucifixo, como se ele fosse o mal do futebol português. O que sinto é que muitas vezes existe uma atitude de perseguição em relação ao ‘mister’ Carlos Pinto”, prosseguiu Rui Cordeiro.
O presidente do Clube Desportivo Santa Clara e da SAD ‘encarnada’ disse ainda "acreditar" num cenário de "subida de divisão" até ao final do campeonato.
"Os Açores merecem uma equipa na I Liga e os Açores vão ter uma equipa na I Liga", disse.
Rui Cordeiro lamentou ainda os "assobios e apupos" que os jogadores receberam no final do jogo com o Sporting de Braga B, que deixou a equipa no oitavo lugar, com 33 pontos, apenas menos dois do que o Nacional, terceiro colocado.
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