Os sócios do Freamunde deliberaram, por unanimidade, dar poderes à mesa da Assembleia-geral (AG) para trabalhar o modelo da Sociedade de Desenvolvimento Desportivo, com o objetivo de criar valor para o clube da II Liga de futebol.
A ideia desta sociedade por quotas surgiu como resposta às dificuldades sentidas pela atual direção em fazer face aos seus compromissos, pretendendo «criar valor para o Freamunde», o que implica «a profissionalização do clube a 100 por cento».
«É preciso esclarecer que não estamos a falar de uma SAD [Sociedade Anónima Desportiva] e que esta ideia não afeta em nada a natureza do clube, que continuará a fazer o que faz e a jogar onde joga», explicou aos associados o presidente da AG, Arnaldo Meireles.
A Sociedade de Desenvolvimento Desportivo do Sport Clube Freamunde, como se designará, vai permitir que quem trabalhe no futebol possa investir legalmente no clube, seguindo uma «política comercial mais agressiva» e igualmente aberta aos associados.
«Não se pede dinheiro a ninguém, mas pergunta-se se as pessoas querem ganhar com o Freamunde, tornando-se investidores, em substituição da política dos donativos», sublinhou Arnaldo Meireles.
A Mesa da AG irá agora trabalhar no ‘desenho' da solução e na elaboração dos respetivos estatutos, que incluirão, como fez questão de dizer o seu presidente, «todas as cláusulas de salvaguarda que a lei permitir».
A ratificação deste projeto será feita em AG, em data anterior a 30 de setembro, o mesmo acontecendo com as contas do exercício fiscal da época desportiva de 2011/2012, que não puderam hoje ser apresentadas.
Este adiamento foi justificado com a necessidade de «encaixar o modelo de gestão antigo [Comissão Administrativa] no modelo de direção atual».
«O nosso problema é um dia de trabalho e iremos propor um encontro na próxima semana com a contabilidade, os três órgãos do clube [direção, conselho fiscal e assembleia-geral] e o anterior responsável pela Comissão Administrativa, Manuel Pacheco, para retificarmos as contas», explicou Arnaldo Meireles.