A tomada de posse dos novos corpos sociais da Académica, prevista para hoje, foi adiada para quinta-feira, devido à falta de comparência do presidente da Mesa da Assembleia Geral da lista vencedora.
A falta de acordo entre os atuais e os novos dirigentes eleitos nas eleições de sábado levou a Mesa da Assembleia Geral a marcar a tomada de posse para hoje, às 19:00, já com a indicação de que se não se realizasse ficava para quinta-feira, ao meio-dia.
O vice-presidente em funções da Mesa da Assembleia Geral, Ferreira da Silva, disse que foram “encetadas diligências que se frustraram com o presidente da direção cessante e com o presidente da Mesa da Assembleia Geral e presidente da direção eleitos para que a posse e transição de poderes ocorresse em data concertada por todos”.
Segundo o dirigente, que se apresentou em substituição do presidente Maló de Abreu, as datas sugeridas pelo presidente da Mesa eleito apontam para que a tomada de posse ocorra no dia 16 ou 18 de junho, ainda dentro do prazo de 15 dias estipulado pelos estatutos.
“Tentei concertar uma data por telefone e email e a resposta foi que não estariam disponíveis para a data de hoje, nem para quinta-feira, sugerindo as outras duas datas”, explicou Ferreira da Silva aos jornalistas.
O vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Académica salientou que o ato eleitoral sofreu um atraso, devido à falta de candidatos na primeira convocatória, e que se “perdeu algum tempo que seria favorável à gestão do clube”.
“Estamos no início da época, em que é necessário naturalmente haver trâmites, e a única explicação que deram é que o ato se revestia de alguma solenidade e que, portanto, deveria realizar-se em dia não útil: a 16, feriado, ou a 18”, acrescentou.
Segundo Ferreira da Silva, o objetivo da atual Mesa da Assembleia Geral em convocar a tomada de posse para os dias de hoje ou de quinta-feira “era disponibilizar o tempo a favor das pessoas titulares eleitas”.
“Bastaria dar posse ao presidente da Mesa da Assembleia Geral eleito e depois este dar posse aos restantes elementos quando entendesse e com a solenidade pretendida”, frisou o dirigente, considerando que se trata de uma situação inédita na história do clube.
Aos jornalistas, o presidente cessante, Pedro Roxo, disse que na quinta-feira volta a marcar presença para a tomada de posse, salientando que a atual situação “não é fácil e que as pessoas devem querer ganhar tempo”.
“A Académica não precisa de guerras, de tricas, precisa é de unidade e de arregaçar as mangas. Os compromissos da Académica sobrepõem-se à solenidade dos atos e acho importante que este processo seja resolvido o mais rapidamente possível, para que a ‘briosa’ tenha serenidade”, sublinhou.
O jurista Pedro Miguel Ribeiro, de 51 anos, venceu no sábado à noite as eleições para a direção da Académica – Organismo Autónomo de Futebol (OAF), derrotando o atual presidente Pedro Roxo.
O candidato da Lista C obteve 625 dos votos, contra 458 da Lista D, registando-se ainda 46 votos brancos e 21 nulos.
A lista vencedora elegeu ainda Fernando Alves para a presidência da Mesa da Assembleia Geral, António Preto para o Conselho Fiscal e Luís Miguel Costa para o Conselho Académico.
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