O União da Madeira, que assegurou no domingo o regresso à I Liga de futebol, 20 anos depois, foi recebido hoje pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia.
Na ocasião, o presidente do União da Madeira, Filipe Silva, agradeceu todo o apoio que o Governo Regional deu ao desporto, particularmente ao futebol, ao longo dos anos, sublinhando, todavia, que “o União da Madeira não tem campo próprio”, o que cria dificuldades neste regresso à I Liga.
Neste momento, as alternativas são o Estádio do Marítimo, o Estádio da Madeira, do Nacional, e o Estádio do Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, onde o União da Madeira atuou nesta época desportiva.
Esta última será a hipótese mais remota, atendendo à necessidade de obras no recinto de forma a poder receber jogos da I Liga. Nesse sentido, Filipe Silva solicitou “que o Governo Regional sirva de mediador no processo”.
Miguel Albuquerque mostrou-se recetivo a essa ideia caso o União da Madeira não chegue a acordo com o Marítimo ou com o Nacional, cabendo essa responsabilidade à entidade que tutela o desporto, a Secretaria Regional da Educação.
Quando confrontado com o papel de mediador no que respeita ao estádio a utilizar na próxima temporada, o Secretário Regional da Educação, Jorge Carvalho, mostrou-se “disponível para intervir”.
O presidente do Governo Regional da Madeira manifestou-se agradado pelo “regresso do União da Madeira à I Liga”, embora tenha frisado que “tudo se manterá igual na política desportiva, conforme o despachado em 2011” no que respeita aos subsídios ao futebol profissional.
Miguel Albuquerque referiu que ordenará um estudo “para perceber o retorno do dinheiro aplicado aos clubes, na projeção da Madeira no exterior”, numa forma de justificar aos contribuintes, “o apoio dado ao futebol profissional”.
Recorde-se que o União da Madeira disputou a quinta e última época na I Liga em 1994/95.
Vinte anos mais tarde, a formação insular regressou ao mais alto patamar do futebol português, tendo a Madeira na próxima temporada três equipas na I Liga, Marítimo, Nacional e União da Madeira, repetindo-se uma situação que ocorreu apenas nas temporadas de 89/90 e 90/91.
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