O presidente da FCF afirmou que não vai se demitir do cargo, apesar da decisão desfavorável do CAS ao recurso interposto para reverter a decisão da FIFA que afastou os Tubarões Azuis do acesso ao play-off para o Mundial.
Mário Semedo, que falava hoje em conferência de imprensa, para apresentar o acórdão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) , admitiu que houve falhas que servirão de aprendizado, mas sublinhou que a culpa não recai apenas na pessoa do Mário Semedo.
“Não vou pedir a demissão, mas saberei tirar as ilações sobre este processo. Aliás, eu acho que sobre o pedido da cabeça do Mário Semedo há muita coisa a dizer”, disse, acrescentado que houve uma desproporcionalidade muito grande em relação ao tratamento desse caso na comunicação social.
O alto dirigente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) explicou que houve um erro de comunicação, em que ninguém se lembrou de “uma falha grave” e que, por isso, todos devem assumir essa falha.
“Eu, enquanto presidente da FCF, tinha que assumir essa responsabilidade e dei a cara sobre essa questão”, disse, lamentando que “outros casos, noutras áreas e noutros sectores, e com igual ou maior nível de gravidade, não tiveram o tratamento que esse caso futebolístico teve”
“O tratamento que foi dado a esse caso foi injusto, em determinada altura, e, sobretudo, focalizaram sobre a minha pessoa de uma forma que nunca vi em Cabo Verde, uma pessoa ter sido crucificado como fui durante esse processo, através da comunicação social”, desabafou.
Mário Semedo Mário Semedo diz estar inconformado com a decisão, mas de consciência tranquila e com convicção profunda de que, desportivas e judicialmente, as decisões finais deveriam ter sido totalmente opostas.
“Tudo fez, aliás, como sempre, para defender o nosso país e o nosso futebol. Este caso, que não é agradável, foi uma situação difícil para todos nós, sobretudo para nós que trabalhámos arduamente para que hoje a seleção fosse tão admirada pelos cabo-verdianos,” disse aquele dirigente do futebol cabo-verdiano.
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