O selecionador português de futebol, Paulo Bento, assumiu que o avançado Cristiano Ronaldo “ajuda a resolver muitos problemas”, em entrevista ao sítio oficial da FIFA na Internet.

“O Ronaldo é apreciado por todos os treinadores e pelos adeptos que têm mais ou menos interesse pelo futebol. Todos o apreciam pela sua qualidade, o seu potencial e o seu rendimento. Nós, portugueses, temos um orgulho enorme e uma satisfação tremenda por ter um jogador com aquela qualidade e aquele rendimento quer na seleção quer no clube. Individualmente tem um potencial que ajuda a resolver muitos problemas”, afirmou Paulo Bento, aludindo ao papel decisivo do “capitão” da equipa das “quinas” no “play-off” de qualificação para o Mundial2014.

Em novembro de 2013, Cristiano Ronaldo marcou os quatro golos da seleção portuguesa nos dois embates decisivos com a Suécia, num previsível “duelo” com Zlatan Ibrahimovic, mas Paulo Bento, apesar de enaltecer o “profissionalismo” e o “exemplo” do “capitão” luso, preferiu destacar o coletivo, em vez das “estrelas”.

“É algo mais exterior às equipas. Enquanto equipa e eu, enquanto treinador, tenho de pensar de forma coletiva, de como vamos jogar e, depois, potenciar ao máximo as nossas individualidades, onde está, claro, um jogador como o Ronaldo e ter cuidado com as qualidades de um atleta como Ibrahimovic. Mas o mais importante é sempre a dinâmica das equipas”, referiu Paulo Bento

O selecionador reconheceu ter abordado o “play-off” com confiança e com a convicção de que Portugal tinha “melhor qualidade, coletiva e individual, do que o adversário”, mas consciente de que a Suécia “podia colocar dificuldades”.

“Os jogadores já tinham experiência nestas situações de ‘play-off’ e tivemos um grande apoio dos nossos adeptos, embora sejamos um povo que vai do oito ao 80 e do 80 ao oito com muita facilidade. Ainda assim, tivemos um grande apoio dos portugueses”, sublinhou.

O selecionador reiterou o objetivo de Portugal de “primeiro” superar o Grupo G, no qual vai defrontar Alemanha, Estados Unidos e Gana, “chegar aos oitavos de final e, depois, tentar competir para chegar o mais longe possível”.

“A minha filosofia não foge à regra de tentar jogar bem e ganhar. Quem joga melhor fica mais perto de ganhar. O meu grande objetivo, enquanto treinador, é organizar as equipas da melhor maneira em termos táticos e arranjar um compromisso em termos pessoais e profissionais e que haja um grupo que saiba viver os bons e os maus momentos. E que nos momentos adversos prime pela solidariedade”, explicou.

Paulo Bento salientou ainda que a presença de Carlos Queiroz, no comando do Irão, e Fernando Santos, na Grécia, “prova toda a qualidade dos treinadores portugueses”.

“Neste caso, vamos ser um dos países com mais técnicos no Mundial e, além disso, temos treinadores nas principais equipas europeias. É evidente que os treinadores portugueses têm qualidade e estão bem preparados”, concluiu o selecionador luso.