O selecionador de futebol de Portugal afirmou hoje estar a aguardar serenamente a decisão do seu recurso no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), confiando que vai ser reduzido o castigo de oito jogos impostos pela FIFA.
“Não estou ansioso, estou sereno. Tenho a convicção de que fizemos prova do que tínhamos de provar, agora compete-me esperar a decisão do tribunal. A ansiedade só de esperar pela decisão. Eu espero e acredito que me vai ser favorável, tenho essa esperança e convicção, porque tenho a certeza absoluta que nada fiz para ter a penalização que tive”, afirmou Fernando Santos, à margem da iniciativa ‘Football Talks’, promovida pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no Estoril.
Ainda como selecionador da Grécia, Fernando Santos foi expulso na partida frente à Costa Rica, nos oitavos de final do Mundial2014, e suspenso por oito jogos pela FIFA, sob acusação de desrespeito ao organismo por não ter saído do campo logo após a expulsão.
Com apenas cinco encontros por disputar na qualificação para o Euro2016, a manutenção do castigo afasta Fernando Santos do resto do apuramento e dos três jogos da fase de grupos, caso Portugal se apure diretamente, sem passar pelo ‘play-off’, para a competição que se vai disputar em França.
Contudo, o selecionador acabou por se sentar no banco nas vitórias de Portugal sobre a Dinamarca e a Arménia, ambas por 1-0, depois de o TAS ter aceitado o pedido de suspensão da pena até que fosse tomada a decisão final.
“Se o castigo se mantiver, nem que seja por um segundo, acho que temos de pensar nesta situação, apesar de eu saber que, quer da parte do presidente, quer da minha parte, a nossa vontade é continuar e levar em frente este projeto. Obviamente, se se mantiver essa penalização era normal que tivéssemos de pensar nessa ação”, referiu.
Fernando Santos reiterou que a permanência à frente da equipa das ‘quinas’ é a sua vontade, mas, que perante uma eventual manutenção do seu castigo, vai falar com o presidente da FPF, Fernando Gomes.
“A minha vontade, e não tenho dúvidas que é a vontade do presidente, é a de que o projeto continue, mas quando tens oito jogos [de castigo] eu, pelo menos, vou ter uma conversa com o presidente para pensar o que é melhor para a seleção. Agora, daí, não podem inferir que eu acho que devo sair ou que o presidente quer que eu saia, nada disso, antes pelo contrário. Acho é que é perfeitamente normal que, se vier a acontecer essa confirmação e eu sinceramente não acredito que venha a acontecer, devíamos pensar no assunto”, sublinhou.
Antes de Fernando Santos ter recorrido do castigo para o TAS, e de o mesmo ter sido suspenso, o adjunto Ilídio Vale foi apontado como o ‘treinador de campo’ da seleção portuguesa durante o castigo do selecionador.
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