A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e o antigo selecionador Carlos Queiroz chegaram a acordo quanto ao processo de despedimento do técnico, anunciou hoje o organismo, na véspera da primeira sessão do julgamento que opunha as partes.
«A Federação Portuguesa de Futebol e Carlos Queiroz informam que decidiram pôr termo ao litígio que os opunha, por via da celebração de acordo que entendem compor adequadamente as respetivas pretensões», informou hoje a FPF, no seu sítio oficial na Internet.
Na quebra do contrato de prestação de serviços com Carlos Queiroz, a direção da FPF, na altura presidida por Gilberto Madaíl, considerou que o selecionador nacional, em entrevista ao jornal Expresso, não respeitou a entidade patronal, razão que levou o organismo a concluir que a relação de confiança tinha sido afetada.
Na entrevista ao semanário, publicada a 14 de agosto de 2010, Carlos Queiroz revelou que Amândio de Carvalho o queria afastar do cargo de selecionador, referindo que o então vice-presidente da FPF para as seleções nacionais «decidiu por a sua cara na cabeça do polvo».
«Ambas as partes consideram que a apreciação em sede judicial do referido litígio, designadamente o julgamento que agora se iniciaria, em nada contribuiria para a defesa dos interesses da seleção nacional e do futebol português que entendem dever privilegiar», acrescenta a FPF.
Segundo o mesmo comunicado, «a atual direção da FPF e Carlos Queiroz reconhecem pública e mutuamente o esforço de ambas as partes para que este litígio terminasse e entendem não dever voltar a pronunciar-se sobre este assunto».
A primeira sessão do julgamento, que opunha Queiroz à FPF, estava marcada para segunda-feira, às 09h30, na 1.ª Secção do 1.º Juízo do Tribunal do Trabalho de Lisboa.
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