Pedro Espinha, um dos treinadores da seleção portuguesa de futebol de sub-20, manifestou hoje confiança num triunfo sobre a China, na terceira jornada do Torneio de Toulon, fazendo para já um balanço muito positivo da participação lusa.
"Por aquilo que vimos nos dois jogos que eles já realizaram [empates contra a França 1-1 e Chile 3-3] vai ser um jogo difícil. Têm uma equipa com princípios bem definidos, com jogadores de grande mobilidade, boa técnica individual e excelente capacidade tática", disse à Lusa o antigo guarda-redes, na véspera do encontro do Grupo A do torneio francês.
Pedro Espinha vê na China "uma equipa com muito querer", que "corre durante os 80 minutos" de jogo. "Só concentrados e rigorosos poderemos ultrapassá-los. Mas estamos confiantes de que, se mantivermos o nível dos jogos anteriores, vamos conseguir ultrapassá-los".
Com vitórias sobre México (2-0) e Chile (3-1), a equipa orientada por Idílio Vale segue na segunda posição do grupo, com seis pontos, menos um do que a França, que tem mais um jogo disputado. Na opinião de Pedro Espinha, "não podia estar a correr melhor".
"Dois jogos, duas vitórias e duas exibições convincentes de um grupo que está em crescimento. De jogo para jogo, a seleção nacional tem consolidado as suas prestações quer a nível defensivo quer a nível ofensivo. É bom frisar que grande parte destes jogadores não tiveram um trabalho muito intensivo a nível de seleções e que eles estão a justificar a aposta feita neles", afirmou.
O técnico destacou que esta seleção não teve praticamente competição este ano e que metade do grupo concentrado em Toulon tinha menos de cinco internacionalizações, o que "complica sempre um pouco os automatismos", mostrando-se satisfeito com a resposta dos jogadores, que "têm provado dentro de campo que estão a um nível muito satisfatório".
Admitindo que "num torneio deste nível há sempre o desejo de chegar ao fim", Pedro Espinha diz que a seleção prefere "pensar num adversário de cada vez", optando por não pensar já no jogo com a França.
O antigo guardião realçou também a qualidade individual de esta equipa, mas alertou para a necessidade de haver um coletivo forte, sublinhando que se tem trabalhado no sentido de melhorar a organização nos momentos ofensivo e defensivo.
"Se cada um entender o que tem de fazer dentro de campo (...) tudo ficará mais fácil a nível individual. Espero que no futuro, porque têm qualidade e é isso que se espera, estes jogadores possam ser aproveitados na seleção principal", afirmou Pedro Espinha, frisando que "desde a base até ao topo os princípios de jogo [das seleções nacionais] são equivalentes apesar de poder haver ajustes.