O Tribunal Arbitral do Deporto (TAS) anulou esta sexta-feira a decisão do Comité de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA que deixava de fora o AC Milan da próxima edição da Liga Europa.

O clube milanês tinha sido sancionado no passado dia 27 de junho por não cumprir as regras do ‘fair play’ financeiro.

Em comunicado, o TAS remete de novo a decisão para a UEFA, para que seja tomada "uma sanção disciplinar proporcional".

O tribunal confirma que o AC Milan não cumpriu as regras do ‘fair play’, acrescenta que “aceitou, parcialmente, o recurso” do clube italiano e anulou a suspensão imposta pela Comissão de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA, à qual pediu a aplicação de uma “medida disciplinar proporcional” à gravidade da infração.

“O AC Milan foi reintegrado na Liga Europa, onde se mantém, neste momento. O caso foi reenviado para a UEFA, para que seja tomada uma nova decisão”, indicou o TAS, assinalando que “a saúde financeira do clube melhorou substancialmente” e isso não foi tido em consideração pelo organismo regulador do futebol europeu.

A UEFA já tinha indicado a Fiorentina (oitava classificada) para substituir o clube milanês, mas  esta decisão do TAS vem permitir que o clube de André Silva participe na fase de grupos da competição.

 O AC Milan, que terminou em sexto lugar, foi oficialmente comprado em 13 de abril de 2017, por 740 milhões de euros, por investidores chineses liderados pelo misterioso Li Yonghong.

O consorcio tem estado sob atenção da UEFA, depois de ter investido 200 milhões de euros no último verão para contratar jogadores, entre eles o português André Silva ao FC Porto, e teve depois de pedir um empréstimo a um grupo norte-americano.