Depois de ter sido alvo de insultos racistas por parte dos adeptos da Juventus durante o Juventus-AC Milan do último domingo, Maignan, guardião dos 'rossoneri', recorreu às redes sociais para abordar a situação e deixar críticas à forma como o futebol tem lidado com estas atitudes que se têm multiplicado por toda a Europa.

O guarda-redes francês critica a forma como se olham para estes incidentes como "casos isolados", apontando ainda à necessidade de união dos clubes numa luta que vai para lá do que se passa nos relvados.

"O que querem que diga? Que o racismo é errado e que estes adeptos são estúpidos? Não é sobre isso. Não sou o primeiro nem o último jogador a quem isto acontece. Enquanto estes acontecimentos forem tratados como "casos isolados" e nenhuma ação abrangente for tomada, a história está condenada a repetir-se indefinidamente", escreveu.

"O que é que estamos a fazer para combater o racismo nos estádios? Acreditam que é eficaz? Estou num clube que faz a sua parte para liderar, opondo-se a todas as formas de discriminação. Mas precisamos de ser mais e estarmos unidos nesta batalha pela sociedade que vai além do futebol", acrescentou.

Maignan abordou ainda a ausência de pessoas nos órgãos decisores que percebam o impacto que estas atitudes têm nos jogadores e nas suas famílias, acrescentando que continuará a dar a sua voz contra o racismo.

"Nas organizações, as pessoas que decidem sabem como é ouvir insultos e gritos que nos relegam à categoria de animais? Sabem o que isso faz às nossas famílias, aos nossos entre queridos que veem e não entendem como é que isto ainda acontece em 2021? Não sou uma 'vítima' do racismo. Sou Mike, de pé, negro e orgulhoso. Enquanto pudermos dar a nossa voz para mudar as coisas, assim o faremos", concluiu.

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