O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, afirmou esta quinta-feira à imprensa italiana que confrontou Cristiano Ronaldo sobre a acusação de violação por parte da ex-modelo norte-americana, Catherine Mayorga, e garantiu que gostou da resposta do internacional português.

"Olhei o Ronaldo diretamente nos olhos, fora do campo. E depois de falar com ele estou muito feliz pela sua posição", começou por afirmar Andrea Agnelli em conferência de imprensa.

"A sua atitude nas semanas seguintes só confirmou este sentimento inicial. E qualquer coisa que necessite a minha porta e as portas da Juventus estarão abertas para o ajudar, seja de que forma for, como sempre fazemos com todos quando temos a convicção que agiram corretamente", acrescentou o dirigente bianconeri.

"Eu estou muito calmo. Eu falei com ele imediatamente depois de terem surgido as primeiras acusações. É um caso pessoal, mas eu falei com ele, com o Pavel Nedved e com o Fabio Paratici e disse ao Cristiano que a minha porta e a da Juventus sempre estariam abertas", revelou, numa conferência de imprensa no Estádio da Juventus.

O dirigente acrescentou: "Estamos aqui para apoiá-lo e o mesmo vale para todas as mulheres e homens da Juventus, quando eles precisaram e quando estivermos convencidos de que eles se comportaram corretamente."

Kathryn Mayorga, agora professora, com 34 anos, apresentou queixa contra o avançado internacional português num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.

A queixosa alega que, em 2009, foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.

O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.

Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325.000 euros (375.000 dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.

(Artigo actualizado às 18h48)