Ronaldo concedeu uma entrevista à revista France Football onde abordou a sua saída do Real Madrid e aponta o ‘dedo’ ao presidente Florentino Pérez, pela forma como alterou o seu comportamento e deixou de considerar o avançado como a grande figura do clube.

“Senti que já não me tratavam, sobretudo o presidente, como no princípio. Nos primeiros quatro, cinco anos, senti que era o Cristiano Ronaldo. Depois disso, menos. Deixei de ser indispensável e sentia que se chegasse uma proposta, o presidente não me impediria de sair”, explicou o jogador de 33 anos.

"[Florentino Pérez] Nunca olhou para mim sem ser numa relação de negócios. Sei disso. Aquilo que ele me dizia nunca vinha do coração. Senti que o presidente não me considerava como no início. Ele queria que eu ficasse, mas ao mesmo tempo avisou-me que a minha saída não seria um problema", acrescentou o português.

Ronaldo acrescentou que rejeitou ofertas milionárias da China e que optou pela Juventus por ter sido o único clube que demonstrou que realmente o queria contratar.

“Se fosse uma questão de dinheiro, teria ido para a China, onde me ofereciam cinco vezes mais. Não vim para a Juventus por causa do dinheiro. Ganhava o mesmo no Real Madrid, até mais. A Juventus desejou-me de verdade. Disseram-me isso e demonstraram-me isso”, disse.