O FC Porto confirma o favoritismo e carimba a presença na final da Taça de Portugal, depois de vencer o Académico de Viseu, por 3-0, no Estádio do Dragão. Alex Telles (19'), de grande penalidade, Zé Luís (64') e Sérgio Oliveira (72') fizeram os golos dos 'dragões', num jogo em que o resultado foi bem melhor do que a exibição.
Na final, marcada para 24 de maio, o FC Porto vai defrontar o Benfica, que já tinha garantido o apuramento na terça-feira, ao empatar com o Famalicão (1-1).
Em relação ao jogo frente ao Benfica, no último sábado, apenas Alex Telles, Corona, Uribe e Luis Díaz ‘sobreviveram’ no onze portista, com o técnico dos dragões a mudar as restantes sete peças. Por sua vez, Rui Borges fez apenas uma alteração em relação ao jogo da primeira mão, com Jorge Miguel a render Lucas Silva na lateral esquerda.
Com a eliminatória aberta face ao empate 1-1 na primeira mão, esperava-se uma entrada mais agressiva por parte da equipa de Sérgio Conceição, tal como havia acontecido no clássico, mas os ‘azuis e brancos’ trocavam a bola de forma mais lenta e previsível, exceção feita a Nakajima. Por sua vez, os viseenses apostavam nas transições, mas sem conseguirem incomodar Diogo Costa.
Depois de um primeiro quarto de hora sem oportunidades de golo, Zé Luís (18’) caiu na área e Manuel Oliveira não teve dúvidas em assinalar grande penalidade, considerando que houve empurrão de Félix Mathaus. Chamado à conversão, Alex Telles não perdoou e fez o 1-0, colocando os dragões em vantagem na eliminatória.
Aos 27’ João Mário antecipou-se a Diogo Leite e driblou Mbemba antes de cruzar para Jean Patric, que ficou a reclamar grande penalidade de Manafá. O árbitro apitou (bem) falta ofensiva sobre o lateral portista. Na resposta, Nakajima atirou à malha lateral após recuperação de Corona.
Mesmo sem fazer uma grande exibição, o FC Porto ainda esteve perto de dilatar a vantagem antes do intervalo: aos 34’ Rui Silva impediu o desvio de Díaz ao segundo poste, e aos 43’ Zé Luís atirou em jeito para a defesa apertada de Ricardo Fernandes e depois viu, na pequena área, um grande corte de Mathaus negar-lhe o golo no seguimento do lance.
A segunda parte trouxe um Académico de Viseu a pressionar alto, mas novamente com dificuldades na finalização, enquanto o FC Porto procurava chegar rápido ao 2-0 para depois gerir com mais tranquilidade. Aos 64’ Zé Luís acabou praticamente com todas as dúvidas na eliminatória com um belo cabeceamento, após cruzamento de Alex Telles.
Apenas oito minutos depois, Sérgio Oliveira, que tinha entrado para o lugar de Uribe, desviou ao segundo poste para o fundo das redes, na sequência de um primeiro cabeceamento de Diogo Leite, após canto batido da esquerda. O árbitro assistente ainda levantou a bandeirola por suposto fora de jogo do médio, mas o lance acabou por ser validado pelo videoárbitro.
Vitória tranquila do FC Porto, que assim marca encontro com o Benfica na final da Taça de Portugal, algo que não acontecia há 16 anos. Em 2004, recorde-se, as águias venceram por 2-1 no prolongamento o FC Porto de José Mourinho, que mais tarde se sagrou campeão europeu.
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