A desilusão no Euro 2020
Junho marcou a realização do Euro 2020 de futebol, um ano depois do adiamento causado pela pandemia de COVID-19 e que decorreu, pela primeira vez, em 11 cidades europeias. Contudo, a competição continental não ficará na memória dos portugueses pelos melhores motivos.
A seleção portuguesa de futebol, campeã em título, viu-se afastada nos oitavos de final do Euro2020, ao perder com a Bélgica por 1-0, no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, Espanha.
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Portugal até começou da melhor forma a competição frente à Hungria. Na estreia, vitória por 3-0, com os golos da partida a serem todos apontados na reta final do encontro.
Raphael Guerreiro, aos 84 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 87 e aos 90+2, o primeiro de grande penalidade, apontaram os golos da equipa das quinas que não entrava a ganhar numa grande competição desde o Europeu de 2008.
Seguiu-se o desaire frente à Alemanha, onde a equipa das quinas acabou atropelada (4-2). Cristiano Ronaldo ainda fez sonhar, mas a 'Mannschaft' deu a volta ao marcador em menos de cinco minutos e controlou facilmente o jogo até ao fim.
No terceiro jogo do grupo, Portugal acabou por lograr a qualificação para os oitavos de final da competição, depois de empatar (2-2) com a França, numa espécie de ‘dejà-vu’ de 2016, embora com um desfecho bem diferente. Cristiano Ronaldo marcou os dois golos da formação lusa, aos 31 e 60 minutos, ambos de penálti, igualando os 109 do recordista mundial, o iraniano Ali Daei, enquanto Karim Benzema faturou duas vezes para os gauleses, aos 45+2, de penálti, e 47.
Na fase a eliminar, a formação portuguesa acabou por cair com um estrondo frente à Bélgica. Um golo de Thorgan Hazard bastou para eliminar a equipa das quinas, que viu assim fugir o sonho de revalidar o título europeu.
O SAPO Desporto acompanhou 'in loco' a participação portuguesa na competição europeia de seleções. Pode recordar parte so nosso trabalho na competição no Diário do Euro.
Rúben Dias foi eleito o melhor jogador do ano na Premier League
Na sua primeira temporada em Inglaterra, Rúben Dias, central contratado ao Benfica pelo Manchester City, foi eleito o jogador do ano da Liga Inglesa de Futebol.
O ex-jogador do Benfica tornou-se no segundo futebolista português a conquistar o troféu, depois de Cristiano Ronaldo (2006/07 e 2007/08), e o quarto central, sucedendo ao sérvio Nemanja Vidic (Manchester United), ao belga Vincent Kompany (City) e ao holandês Virgil van Dijk (Liverpool).
Jorge Fonseca chegou novamente ao ouro Mundial nos Mundiais de Judo
Foi no mês de junho que Jorge Fonseca se sagrou bicampeão mundial de judo -100 Kg, ao vencer na final que decorreu na Arena Laszlo Papp, em Budapeste, o sérvio Aleksandar Kukolj, por ippon. Em mais de 20 anos de Mundiais, Portugal nunca tinha conseguido um ouro, mas em dois anos Jorge Fonseca desbravou o caminho, obtendo dois mundiais consecutivos.
Tratou-se da 13.ª medalha de Portugal em campeonatos do Mundo, depois de já em Budapeste Anri Egutidze ter conquistado a 12.ª, ao ser medalha de bronze em -81 kg.
Bruno Lage rendeu Nuno Espírito Santo no Wolverhampton
Depois de ter deixado o Benfica em 2019/20, Bruno Lage rumou a Inglaterra para ser oficializado como novo treinador do Wolverhampton, sucedendo ao compatriota Nuno Espírito Santo.
Com a pré-anunciada saída de NES, após quatro temporadas bem sucedidas nos 'lobos', Bruno Lage foi desde cedo mencionado como um dos mais fortes candidatos à sucessão, acabando por assinar pelo 13.º classificado da última edição da Premier League. Lage já tinha tido experiência no futebol britânico, país onde tinha trabalhado ao serviço do Swansea e Sheffield Wednesday como adjunto de Carlos Carvalhal.
Por outro lado, o treinador Nuno Espírito Santo acabou por trilhar um caminho diferente assinando pelo Tottenham um contrato de duas temporadas. Antes, na passagem pelo Wolves, conseguiu dois sétimos lugares com o clube (num reinado de quatro anos), o melhor registo do clube desde 1980.
Contudo, acabou por durar pouco tempo a aventura do português nos 'spurs'. NES foi despedido quatro meses depois de ter assumido o cargo na sequência de maus resultados.
Miguel Oliveira chegou à terceira vitória no Mundial de MotoGP
Em 2021, Miguel Oliveira em KTM também venceu o Grande Prémio da Catalunha.
Oliveira bateu o francês Johann Zarco (Ducati) por 0,175 segundos, com o australiano Jack Miller (Ducati) a terminar na terceira posição, a 1,990s do português.
Tratou-se da terceira vitória do piloto de Almada no Mundial de MotoGP, depois de ter vencido os grandes prémios da Estíria e de Portugal, em 2020.
Ainda em junho, de recordar o falecimento de Neno que deixou o futebol nacional de luto. O carismático guarda-redes de Benfica e V. Guimarães e antigo internacional português era uma das figuras mais consensuais e queridas do futebol português. O guardião de 59 anos estava há muitos anos ligado ao V. Guimarães.
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