A Agência Mundial Antidopagem (AMA) reagiu hoje a críticas sobre responsabilidades na confusão que envolve a participação dos desportistas russos nos Jogos Olímpicos, a poucos dias do Rio2016, afirmando que agiu assim que teve "provas corroboradas".
"A AMA compreende que o 'timing' [18 de julho] da publicação do relatório McLaren foi desestabilizador para numerosas organizações", refere a agência em comunicado, comentando assim as críticas de Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, que, implicitamente, responsabilizava a organização sobre o atual estado das coisas.
Segundo a AMA, ela "agiu imediatamente em relação às alegações que visavam a Rússia, logo que dispôs de provas corroboradas e do poder de o fazer no quadro do Código Mundial Antidopagem".
Domingo, Bach tinha dito, por seu lado, que "o COI não é responsável pelo 'timing' da publicação do relatório McLaren". Bach acrescentou que o COI "enviou várias informações à AMA há alguns anos, sem consequências", acrescentou.
"Apenas quando a CBS e o New York Times publicaram, a 08 e 12 de maio, as alegações do antigo diretor do laboratório [de análises antidoping] de Sochi, Grigory Rodchenkov, é que a AMA teve provas concretas que sugeriam o envolvimento do Estado russo e permitiram que se avançasse de imediato para o relatório McLaren", refere Craig Reedie, presidente da AMA, citado no comunicado.
Segundo o relatório McLaren, haveria uma situação de doping de Estado, o que determinou o COI a pedir, a 24 de julho, que as federações internacionais da modalidade excluíssem atletas russos dopados ou presumivelmente dopados.
De início com 387 atletas na delegação, a Rússia viu o seu contingente descer já para 266 atletas, em 29 modalidades. O total de atletas russos para o Rio2016 só deverá ficar fixado na terça-feira.
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