O ministro dos Negócios Estrangeiros da China concedeu uma entrevista, segundo o serviço em inglês da Xinhua, em que avisou que a ação de “alguns políticos ocidentais” não impedirá o êxito dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que decorrem entre 04 e 20 de fevereiro.
"Atletas de todas as nacionalidades são as verdadeiras estrelas no palco olímpico, aplaudidos por centenas de milhões de fãs do desporto em todo o mundo. As manobras políticas de alguns políticos ocidentais não prejudicarão uns esplêndidos Jogos Olímpicos, mas apenas exporão a sua má intenção", disse.
O chefe da diplomacia chinesa defendeu que a politização dos Jogos Olímpicos por certos países viola e desacredita o espírito olímpico, que disse reger-se pelos valores da amizade, compreensão mútua, solidariedade e comportamento leal.
"Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim promoverão o espírito olímpico, ajudarão a aumentar a compreensão e a amizade entre pessoas de diferentes países, demonstrarão a força da solidariedade e cooperação internacionais, e trarão mais confiança e coragem a um mundo ainda sob a sombra de uma pandemia", acrescentou.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que não enviará uma delegação oficial aos jogos de Pequim, embora envie atletas, alegando que o Governo chinês está a cometer abusos dos direitos humanos na região de Xingjiang.
A este boicote diplomático juntaram-se países como a Austrália, a Bélgica, o Canadá, o Reino Unido e o Japão.
O boicote foi criticado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), que se manifestou “firmemente contra qualquer politização dos Jogos Olímpicos e do desporto” numa declaração divulgada em 11 de dezembro.
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