João Paulo Rebelo está consciente e bem informado sobre os problemas existentes na aldeia olímpica do Rio de Janeiro, mas desdramatiza a situação e confia num bom desempenho de Portugal no evento.
"Assumo com apreensão as lacunas e debilidades existentes nos Jogos do Rio de Janeiro, mas espero que, até ao início da competição, muitas coisas fiquem definitivamente resolvidas", começou hoje por afirmar à agência Lusa o secretário de Estado da Juventude e Desporto, à margem da apresentação do Programa Nacional de Desporto para Todos.
João Paulo Rebelo, contudo, evita enfatizar a situação, pois “os atletas não podem estar à espera de encontrar um ‘resort' de luxo” e que “vão viver durante alguns dias numa estrutura moderna criada propositadamente para os Jogos Olímpicos e é natural que possam surgir alguns problemas nas instalações”.
“Tenho expetativas elevadas em bons resultados e não falo apenas de medalhas, porque nunca colocámos qualquer fasquia em termos de pódio. Mas ficar entre os 16 ou 12 primeiros classificados nas várias disciplinas desportivas já se pode considerar bons resultados", disse ainda João Paulo Rebelo.
Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, a modalidade com mais atletas portugueses presentes no Rio de Janeiro (24), também desvalorizou as críticas às condições oferecidas pela aldeia olímpica no Rio de Janeiro.
"Os atletas têm de se focar, essencialmente, mas condições desportivas e nas suas performances. As questões das instalações e de logística são para serem resolvidas pelos dirigentes", sublinhou Vieira.
"Nós não somos tão exigentes como os australianos. Estamos habituados a estagiar em locais normais e sem grandes luxos. E temos um espírito de tolerância e de ‘desenrascanço’ muito maior. Claro que existem limites que não podem ser ultrapassados. Mas vamos pensar positivo", conclui Jorge Vieira, que só viaja para o Rio de Janeiro no dia 11 de agosto para acompanhar as competições do atletismo.
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