O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prestou hoje “a merecida homenagem” aos atletas olímpicos e paralímpicos que representaram Portugal em Paris2024, expressando orgulho por aquilo que alcançaram nos Jogos da capital francesa.

“[Agradecer] às atletas e aos atletas paralímpicos e olímpicos que, neste ano de 2024, ergueram bem alto esta sensação única que é ser português. Sentir as cores da nossa bandeira, sentir um arrepio da espinha, um saltitar no coração sempre que algum subiu ao terreno de jogo, ao terreno da competição para representar todo um povo”, salientou o chefe de Governo.

Luís Montenegro, que discursava nos jardins de São Bento perante os atletas olímpicos e paralímpicos que representaram Portugal em Paris2024, recordou que teve o privilégio de estar nos Jogos Olímpicos – falhou os Paralímpicos por questões de agenda - e ver ao vivo a conquista do ouro por Iúri Leitão e Rui Oliveira no Madison e o salto que valeu a Pedro Pichardo a prata no triplo salto.

“Quero dizer-vos que tenho bem presente que no fim há sempre esta distinção, que é merecida, para aqueles que atingem um patamar mais elevado, mas acreditem que o respeito que nós temos, e que eu tenho pessoalmente, é igual para cada uma e para cada um dos atletas que disputaram estas duas enormes, das maiores competições desportivas do mundo”, declarou, já depois de ter condecorado os medalhados lusos em Paris.

Com Rui Oliveira ausente, os medalhados de ouro Iúri Leitão, Miguel Monteiro (lançamento do peso F40) e Cristina Gonçalves (boccia BC2) receberam das mãos do primeiro-ministro o Colar de Honra ao Mérito Desportivo, com os restantes a receberem a Medalha de Mérito Desportivo

“Em nome do Governo, nós prestamos aqui hoje uma mais do que merecida homenagem, reconhecimento, tributo ao vosso trabalho, ao vosso desempenho nestes Jogos, mas a tudo aquilo que esteve na génese, primeiro da vossa presença e, depois, dos vossos resultados”, disse.

Luís Montenegro considerou que o valor que o executivo atribui ao desempenho dos atletas olímpicos e paralímpicos “é um valor que se expressa na vibração, que se expressa na alegria, que se expressa no sentimento de identidade nacional e que a própria representação do país encerra”.

“Mas vai muito mais longe do que isso. Nós sabemos, temos bem consciência, que esta vossa demonstração de capacidade de fazer bem, de capacidade de fazer melhor do que os outros, de superarem muitas vezes cada um a si próprio, àquilo que já fez antes, são mensagens de inspiração para toda a sociedade e em particular para aqueles que têm apetência para a prática desportiva”, destacou, considerando que os exemplos destes atletas pode ajudar a “estimular a prática desportiva” no país.

O primeiro-ministro expressou ainda o “muito orgulho” por aquilo que os desportistas lusos fizeram em Paris2024, enaltecendo o reconhecimento “pelo sofrimento e sacrifício que está por trás” dos resultados destes.

Montenegro manifestou ainda a esperança de conseguir “fazer melhor” em Los Angeles2028, já depois de ter revelado querer “fazer crescer acima de 20%” o valor alocado aos contratos-programas para os próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Antes, já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, tinha declarado que “o sentimento de reconhecimento” do Governo era para todos os atletas olímpicos e paralímpicos que estiveram em Paris2024, considerando que “todos foram embaixadores do desporto português”.

Portugal esteve representado por 73 atletas nos Jogos Olímpicos Paris2024, tendo conquistado quatro medalhas: o ouro no madison de Rui Oliveira e Iúri Leitão, que também se sagrou vice-campeão no omnium, a prata de Pedro Pichardo no triplo salto e o bronze de Patrícia Sampaio nos -78 kg.

Nos Jogos Paralímpicos, a missão portuguesa de 27 atletas saiu de Paris com sete medalhas: duas de ouro, de Miguel Monteiro, no lançamento do peso F40, e de Cristina Gonçalves, boccia BC2, uma de prata, do atleta Sandro Baessa, nos 1500 metros T20, e quatro de bronze, da atleta Carolina Duarte, nos 400 metros T13, do nadador Diogo Cancela, nos 200 metros estilos SM8, do judoca Djibrilo Iafa (-73kg J1) e ainda do ciclista Luís Costa (no contrarrelógio H5), que teve um controlo positivo na capital francesa e se encontra suspenso preventivamente.