Os escudeiros de Rui Costa na prova de fundo de ciclismo de estrada do Rio2016 foram hoje unânimes a destacar a dureza do percurso e em assumir que vão trabalhar para as medalhas.
"A prova de estrada vai ser bastante dura, pelo que vi e pelo que dizem, não sei se 50 por cento dos atletas terminam amanhã", defendeu Nelson Oliveira, que foi perentório em afirmar que a sua missão, a de André Cardoso e a de José Mendes passam por ajudar Rui Costa a atingir uma boa classificação.
Esperando que sábado seja um dia bom para as cores nacionais, o atual tricampeão português de contrarrelógio, que assumiu estar mais confiante do que na estreia em Londres2012, apontou a humidade como a principal preocupação do quarteto nacional.
"O estágio correu bastante bem. Estivemos numa zona calma, onde deu para treinar e adaptar ao clima. Lá as coisas correram bem, agora chegámos aqui e as coisas são diferentes, porque já estamos num ambiente muito mais olímpico", contou Oliveira aos jornalistas, numa conversa na Aldeia Olímpica do Rio2016.
Também André Cardoso, o trepador da seleção, definiu o traçado de 256,4 quilómetros, com início e final em Copacabana, como "bastante duro e seletivo", tanto no circuito inicial, em que há "rampas bastante inclinadas, apesar de curtas", e de onde o pelotão vai sair ?amassado', como na segunda parte, que conta com uma subida "decisiva".
"A verdade é que começamos a sentir um nervoso miudinho, até porque é uma competição bastante importante e temos alguma responsabilidade. Nos últimos anos, a história está a nosso favor e gostávamos de voltar a ter um medalhado", assumiu.
O ciclista da Cannondale recordou que ao ter nas suas fileiras um ciclista que já foi campeão do mundo (Rui Costa, em 2013), Portugal tem uma responsabilidade acrescida na prova de fundo.
"Somos uma equipa. Temos o Rui Costa, que já foi campeão do mundo e tem grandes possibilidades de fazer uma boa classificação. Temos na mente uma medalha e vamos trabalhar todos para esse objetivo", admitiu José Mendes.
O campeão nacional de fundo salientou que, com um percurso tão duro e um clima em que a humidade e o calor podem fazer estragos, os ciclistas terão de ter muito cuidado para render ao máximo.
"Durante a prova, se surgir uma oportunidade vou tentar agarrá-la com a máxima força, mas neste momento temos um atleta com todas as condições para conseguir uma medalha", concluiu o ciclista da Bora-Argon 18.
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