Os nadadores chineses apurados para os Jogos Olímpicos Paris2024 têm sido sujeitos a testagem redobrada a substâncias dopantes, notou hoje a World Aquatics, com oito testes desde o início do ano, o dobro dos restantes apurados.

Em comunicado, o organismo de cúpula da natação mundial dá conta da ‘malha’ mais apertada para nadadores chineses, depois de, em 2021, 11 dos selecionados para Paris2024 terem testado positivo a uma substância proibida, a seis meses de Tóquio2020.

Escaparam a punição na altura, alegando contaminação acidental, e somaram um total de três ouros na competição olímpica, gerando críticas à Agência Mundial Antidopagem (AMA).

Um painel estabelecido pela World Aquatics para estudar como o caso foi gerido nos últimos três anos publicou hoje um relatório com recomendações, a 12 dias do início da competição nos Jogos Olímpicos, prometendo mais testagem para alguns países.

Entre eles estão os chineses, cujos nadadores “serão testados pela Agência Internacional de Testagem pelo menos oito vezes desde o início do ano”, o dobro de outros países.

Quanto a esses testes, o objetivo é que as amostras tenham sido recolhidas por laboratórios independentes da agência antidopagem chinesa, com os resultados conhecidos antes da cerimónia de abertura dos Jogos, agendada para 26 de julho.

O painel foi liderado pelo antigo ministro do Desporto de Espanha, Miguel Cardenal, e não detetou “irregularidades, má gestão ou encobrimento” por parte da World Aquatics.

Assim, as recomendações vão desde a testagem intensificada dos nadadores chineses, bem como “comunicação intensificada com os desportistas” através da publicação de detalhes de quem está suspenso por potenciais quebras das regras antidoping.

Outra das listas propostas levaria à divulgação de quem, quando e onde recolheu amostras aos nadadores nos seis meses precedentes a uns Jogos Olímpicos ou Mundiais de natação.