A refugiada Manizha Talash, "b-girl Talash", foi desclassificada na primeira competição olímpica de breaking na sexta-feira, depois de ter usado uma capa que dizia "Mulheres Afegãs Livres" durante a sua batalha pré-qualificatória contra India Sardjoe, "b-girl India".
A jovem de 21 anos, originária do Afeganistão e representante da equipa Olympic Refugee, perdeu a batalha pré-qualificatória contra Sardjoe e não teria avançado na prova mesmo que não tivesse sido desqualificada.
As declarações políticas e os ‘slogans’ são proibidos no campo de jogo e nos pódios dos Jogos Olímpicos.
A Federação Mundial de Dança Desportiva, órgão que rege o breaking nas Olimpíadas, emitiu um comunicado que referia que a atleta "foi desclassificada por exibir um slogan político no seu traje durante a batalha pré-qualificatória".
Talash procurou asilo em Espanha depois de fugir do regime talibã no seu país natal em 2021.
"Estou aqui porque quero realizar o meu sonho. Não porque tenho medo", disse em declarações à Associated Press antes dos Jogos Olímpicos, a partir de Espanha, onde lhe foi concedido asilo.
O combate único de pré-qualificação entre Talash e Sardjoe foi acrescentado em maio, quando Talash foi incluída na lista olímpica, depois de a b-girl do Afeganistão não se ter inscrito nos eventos de qualificação.
O conselho executivo do Comité Olímpico Internacional convidou-a a participar depois de saber dos seus esforços para desafiar o regime rigoroso dos Talibãs no seu país.
Portugal esteve representado na estreia do breaking nos Jogos, com Vanessa Marina, ‘b-girl’ que concluiu a sua prova no 13.º lugar, entre 17 concorrentes.
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