Os participantes nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 serão submetidos a uma “quarentena adaptada”, e não aos habituais 14 dias obrigatórios à chegada ao Japão, anunciou hoje o Comité Olímpico Internacional (COI).
“Durante 14 dias, poderemos fazer algumas coisas e outras não. Não é uma isenção à quarentena geral, mas a submissão a regras restritas”, disse em conferência de imprensa o diretor-executivo do COI para Tóquio2020, o suíço Christophe Dubi.
Dubi indicou que em 28 de abril será publicada a segunda e penúltima versão dos manuais com as regras a serem seguidas por cada grupo (atletas, federações, jornalistas) que irá marcar presença em Tóquio2020, a decorrer de 23 de julho a 08 de agosto.
“Incluirá medidas mais precisas sobre a quarentena adaptada, como lidar com os contactos próximos, o que fazer em caso positivo, como será o regime de isolamento, a política de controlos e a lista de destinos e movimentos permitidos para os primeiros 14 dias no Japão”, referiu o diretor.
O COI sempre negou que os participantes nos Jogos Olímpicos tivessem que passar por um período de quarentena à chegada ao Japão, mas introduziu agora a variante da “quarentena adaptada”.
"Os atletas não ficarão isentos de quarentena. Serão verificados antes dos Jogos, à chegada e com frequência. Durante os Jogos, vão viver numa bolha entre a aldeia olímpica e os recintos de competição”, acrescentou o presidente da comissão de coordenação do COI para Tóquio2020, o australiano John Coates.
O responsável disse que os participantes “não vão ter as famílias nem os adeptos do seu país a apoiá-los e não vão poder festejar na cidade os seus sucessos, mas vai ser uma oportunidade para atletas de todo o mundo passarem mais tempo na aldeia olímpica”.
Em relação aos estudos que indicam que o desejo dos japoneses é que os Jogos sejam adiados ou cancelados por receio da pandemia de covid-19, Coates indicou que a presença de público a acompanhar o percurso da tocha olímpica “dá uma mostra do crescente apoio da população”.
Apenas japoneses e residentes poderão entrar no país e assistir aos Jogos, passando por regras reforçadas recentemente e que incluem três dias num hotel, se o teste for negativo para a covid-19, seguido de um período de quarentena em casa.
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