O novo treinador da equipa de andebol do FC Porto, Carlos Resende, mostrou-se hoje consciente do legado deixado pelo seu antecessor, o sueco Magnus Andersson, que orientou os tetracampeões nacionais nas últimas cinco épocas.

“Entrar numa equipa com o historial recente do FC Porto seria bastante desafiante por si só. Suceder ao Magnus, não só por aquilo que representou enquanto atleta - e eu tive o privilégio de jogar contra ele -, mas também pelo que representou para o FC Porto e para o andebol nacional torna o desafio muito maior. Aproveito para lhe agradecer por todo o trabalho que teve em prol do nosso andebol. Estar-lhe-emos eternamente gratos”, vincou o técnico, em declarações reproduzidas através do sítio oficial dos ‘dragões’ na Internet.

O FC Porto começou hoje os trabalhos de preparação para a temporada 2023/24, quase uma semana depois de ter oficializado o regresso do ex-lateral internacional português, que guiava o FC Gaia desde 2020/21 e soma agora a quarta passagem pelos ‘dragões’.

“É sempre bom quando encaramos novos desafios. O tempo passa muito rápido, mas a perspetiva é ótima e estou bastante agradado. Os objetivos do FC Porto são conhecidos de todos: conquistar o campeonato e estar na Liga dos Campeões, que é a competição internacional de maior prestígio”, apontou Carlos Resende, que já tinha representado o emblema ‘azul e branco’ como atleta (1988-1994 e 2000-2006) e treinador (2006-2009).

O ponta direita Antonio Martínez e o lateral direito David Fernández, ambos provenientes dos espanhóis do Ademar León, reforçaram o FC Porto, que já promoveu o regresso dos jovens Diogo Rêma, Pedro Oliveira ou Vasco Costa, que estiveram cedidos ao FC Gaia.

“As equipas têm dinâmicas próprias e devemos mostrar aos jogadores da formação que acreditamos neles. Essas entradas servem também para passar esse objetivo a outros jovens de que terão as portas abertas caso mereçam”, terminou Carlos Resende, de 52 anos, que já acumulou passagem à frente de ABC (2011-2017) e Benfica (2017-2020).

Aos meios do FC Porto também falou o pivô luso-cubano Daymaro Salina, que vai partir para a 13.ª temporada seguida no clube e partilhou as “sensações boas” pelo regresso.

“Os objetivos aqui são sempre os mesmos: ganhar tudo a nível nacional e fazer o melhor possível na Europa. Temos jogadores e um treinador novo, mas vamos manter o espírito de sempre para dar alegrias aos adeptos”, vincou o internacional português, de 35 anos.

Outro dos capitães portistas e também presença assídua na seleção nacional é o central Rui Silva, que reiterou a vontade de chegar ao ‘penta’ e de resgatar a Taça de Portugal perdida para o Sporting e a Supertaça conquistada pelo Benfica na temporada passada, além de querer melhorar a eliminação precoce na primeira fase da Liga dos Campeões.

“O bichinho do andebol está sempre presente, mesmo de férias. O que espero para esta temporada é fazer mais do que aquilo que já fizemos e dar sempre o melhor, porque foi o que nos levou aos títulos. Isso já passou e queremos mais”, fixou o jogador, de 30 anos.