E como nem só de futebol vive o desporto português, 2023 foi um ano onde Portugal foi notícia no universo desportivo nas mais diversas modalidades, tendo conquistado títulos e recordes nos mais diversos ramos, fazendo assim brilhar o nome do nosso país pelo mundo.

Com 2023 prestes a terminar, o SAPO Desporto olha para os feitos de apenas alguns dos atletas portugueses que se destacaram ao longo do ano que agora termina.

Especial Revista do Ano: os temas que marcaram 2023 no desporto

Fernando Pimenta

A canoagem terá sido a modalidade que mais alegrias trouxe a Portugal este ano, e muito graças a Fernando Pimenta. O canoísta luso somou, no total de todas as provas, dez medalhas, onde estão inseridos quatro títulos mundiais, e um nacional.

Fernando Pimenta venceu o título nacional de fundo pela 15ª vez em Mirandela, tendo conquistado os títulos mundiais de K1 500 na Hungria, de 'short race' maratonas na Dinamarca, e de K1 1000 metros e K2 maratonas, juntamente com José Ramalho, na Alemanha.

A este registo é preciso ainda juntar as medalhas de prata em K1 5.000, nos mundiais da Alemanha e nos Jogos Europeus, e de K1 5000 metros na Taça do Mundo na Polónia e na Hungria; e ainda o bronze em K1 1.500 metros na Alemanha.

João Almeida

O ciclista de A-dos-Francos continua a crescer a olhos vistos e já não é meramente uma promessa do ciclismo português. João Almeida brilhou a grande altura este ano ao ter terminado em terceiro lugar a edição 2023 do Giro de Itália, a primeira vez que um português conseguiu alcançar tal proeza.

Para além disso, o corredor da Team Emirates coroou o seu desempenho, não só com a conquista da camisola branca, símbolo de vencedor do Prémio da Juventude, como também com o triunfo na 16ª etapa.

Poucos meses depois, Almeida voltou para cima da bicicleta e partiu para terras espanholas onde terminou a Vuelta de 2023 no nono lugar, somando assim mais um 'top-10' ao seu espólio. Depois da grande performance do ciclista português, era natural que este quisesse marcar presença no 'Tour', a maior prova velocipédica do calendário, um desejo que foi acorrido e confirmado pela sua equipa recentemente.

Diogo Ribeiro

2023 será certamente um ano que Diogo Ribeiro não vai esquecer tão cedo. O nadador português acumulou conquistas, recordes e medalhas que transformaram este ano em algo de inesquecível para o atleta do Benfica.

Depois de começar o ano com três medalhas de ouro em janeiro na Taça Internacional de Edirne, na Turquia, Diogo Ribeiro conseguiu entrar para a história da natação portuguesa no início de abril, altura em que, no decorrer dos Campeonatos Nacionais Absolutos de Natação, o nadador alcançou os mínimos olímpicos  para Paris 2024 em três provas distintas (50 e 100 metros livres, e 100m mariposa).

Mas o ponto alto do ano estava marcado para o dia 24 de julho. Nos Campeonatos do Mundo de Fukuoka, no Japão, o nadador português sagrou-se vice-campeão do mundo na prova de 50 metros mariposa. Doze milésimas separaram Diogo Ribeiro do título mundial, naquela que foi a sua estreia em campeonatos do mundo.

Até final do ano, o nadador português também esteve presente nos Campeonatos da Europa de piscina curta, em Otopeni, na Roménia, tendo aí batido os recordes nacionais nos 50 e 100 metros mariposa.

Pedro Pablo Pichardo e Auriol Dongmo

O ano que agora termina foi também de conquistas para o atletismo português, tendo Pedro Pablo Pichardo e Auriol Dongmo sido duas das principais figuras neste caso.

Os dois atletas sagraram-se campeões da Europa de pista coberta em Istambul em março deste ano, Pichardo no triplo salto e Dongmo no lançamento do peso, título que a atleta revalidou.

A lançadora voltaria a ser figura de destaque nos Jogos Europeus de Cracóvia, ao conquistar nova medalha de ouro. Para além disso, a atleta do Sporting foi recolhendo bons resultados ao longo da temporada na Liga Diamante, prova de elite do atletismo mundial, tendo também ficado muito perto da conquista de uma medalha nos Campeonatos do Mundo, competição que Pichardo falhou devido a lesão.

Lesões é algo que os dois atletas têm em comum este ano, isto porque Dongmo sofreu uma grave lesão nos últimos dias deste ano, de tal forma que terá em risco a participação nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.

Inês Barros

Tiro é normalmente uma modalidade com pouco mediatismo no universo desportivo português, contudo, tal acabou por se transformar drasticamente, tudo graças a Inês Barros. A jovem atleta portuguesa teve a mira apurada e colecionou várias vitórias e títulos ao longo do ano na modalidade de tiro com armas de caça.

No início de maio, Inês Barros conquistou a medalha de ouro em fosso olímpico na prova da Taça do Mundo de tiro realizada do Cairo. Depois de uma boa performance na prova da Taça do Mundo em Itália, a atleta portuguesa arrebatou o título de campeã europeia de tiro com armas de caça, resultado que lhe permitiu assegurar um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris.

A atiradora portuguesa terminaria o ano com o quinto lugar na final da Taça do Mundo e também com o Prémio Excelência, entregue pelo Comité Olímpico Português.