O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, enalteceu hoje a aproximação entre as duas Coreias, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, e pediu aos Estados Unidos para seguirem o exemplo.
"Enquanto as duas partes na península coreana estão a abrir a porta, não é correto que outros a tentem fechar", afirmou Wang, numa conferência de imprensa em Pequim.
"Esperamos que o diálogo por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno se transforme em conversações de rotina, e o que existe agora entre as duas Coreias se expanda a outras partes, sobretudo entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos", acrescentou.
Uma delegação da Coreia do Norte vai participar no evento desportivo que se realiza na cidade sul-coreana de PyeongChang.
Kim Yo-jong, irmã do atual líder norte-coreano Kim Jong-un, vai assistir ao evento, enquanto os atletas dos dois países desfilarão lado a lado na cerimónia de abertura, na sexta-feira.
"Os dois lados da península tiveram recentemente uma interação positiva nos preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno, e como vizinhos queremos que isto acabe com a situação de ponto morto e alivie as tensões", afirmou Wang Yi.
Pyongyang e Seul estão tecnicamente em guerra há mais de 65 anos, após a Guerra da Coreia (1950-53) ter terminado com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.
No ano passado, os sucessivos ensaios nucleares de Pyongyang e a retórica beligerante do Presidente norte-americano, Donald Trump, elevaram a tensão para níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia.
A China, que é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime norte-coreano, defende o regresso ao diálogo e propõe que Pyongyang suspenda o programa nuclear em troca do fim dos exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, que Pyongyang considera um treino para uma invasão.
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