O Comité Olímpico Internacional (COI) já apoiou os comités nacionais e as federações internacionais com mais de 100 milhões de dólares (cerca de 87,9 milhões de euros), desde o início da pandemia de covid-19, revelou hoje o organismo.

Até ao momento e conforme as necessidades, o COI já alocou 63 milhões de dólares (cerca de 55,3 ME) para o apoio às federações internacionais e destinou 37 milhões de dólares (cerca de 32,5 ME) para os comités olímpicos nacionais.

Para além deste apoio, o COI continuará a auxiliar os comités nacionais através do ‘Programa Top’, com a atribuição de cerca de 132 ME até ao final do ano, e compromete-se a garantir financiamento para as organizações por si reconhecidas.

“O movimento olímpico está a enfrentar um desafio sem precedentes. O COI deve organizar os Jogos Olímpicos adiados pela primeira vez na história e ajudar as partes interessadas a passar por esta crise global”, referiu o presidente do organismo, o alemão Thomas Bach.

De acordo com o presidente Thomas Bach, esta nova situação precisará, por parte do COI, de toda a “solidariedade, criatividade, determinação e flexibilidade” e todos, sem exceção, precisam de fazer “sacrifícios e compromissos”.

“Circunstâncias extraordinárias exigem medidas extraordinárias. Esta situação [de pandemia de covid-19] exige que cada um de nós faça a sua parte, e isso aplica-se a todos nós, incluindo o COI. Estamos felizes em poder ajudar com os nossos programas de apoio”, disse.

As federações internacionais estão a enfrentar dificuldades financeiras devido ao cancelamento de eventos desportivos e ao impacto no calendário do adiamento para 2021 dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

Devido à urgência da situação, os pagamentos às federações internacionais começaram a ser processados em junho de 2020 e o programa ainda continua. O apoio do COI é decidido caso a caso, após uma rigorosa avaliação das necessidades.

Os comités olímpicos nacionais também estão a sentir um significativo impacto financeiro devido ao adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e à pandemia de covid-19, que originam custos de gestão adicionais.

Como a maioria das organizações em todo o mundo, os comités olímpicos estão a enfrentar incertezas relacionadas com o planeamento e receitas de tesouraria a longo prazo, devido à interrupção dos acordos comerciais existentes com patrocinadores.

Esta situação, de acordo com o COI, resultou em muitas incertezas relacionadas com a capacidade dos comités nacionais cumprirem as suas responsabilidades para com os seus atletas, treinadores e restantes partes interessadas no processo.

“Como parceira confiável de longo prazo dos 206 comités olímpicos [filiados no COI], a Solidariedade Olímpica tem respondido a esse novo ambiente global e adaptado os seus programas e métodos de trabalho quando necessário e dentro dos orçamentos disponíveis”, refere o organismo.