A seleção portuguesa de triatlo conclui hoje o primeiro estágio após o início da pandemia de covid-19, que funcionou como uma segunda pré-época, e do qual o treinador nacional Pedro Leitão fez um balanço positivo.
“Diria que, agora, estão entre 80 a 90% da forma, precisariam de mais um mês ou mês e meio para voltarem a competir no seu melhor”, avaliou o técnico, em declarações à Lusa, após as duas semanas de concentração, em Alcobaça.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus levou ao adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 para 2021 e alterou também o calendário da modalidade, nomeadamente, com o reagendamento do Europeu para o fim de semana de 28 a 30 de agosto, em Tartu, na Estónia, e dos Mundiais de estafetas mistas para 06 de setembro, em Hamburgo, na Alemanha.
“Foi como uma pré-época, já havia algumas bases, porque os atletas mantiveram-se ativos durante a quarentena, mas os treinos perderam especificidade. Apostámos na preparação para o que vem aí, porque, apesar das datas previstas, ainda é uma incógnita”, referiu Pedro Leitão.
A equipa nacional concentrou-se na zona oeste do país, em Alcobaça, aproveitando para nadar nas piscinas das Caldas da Rainha, em São Martinho do Porto e na Lagoa de Óbidos, assim como correr e pedalar em estradões e estradas menos movimentadas, em comparação com a região de Lisboa.
“Foi bastante positivo, porque permitiu ver as potencialidades desta zona, mas também nos aspetos pessoais e ao nível desportivo. O grupo dá-nos outra força para trabalhar, que não era fácil conseguir durante a quarentena”, frisou Leitão.
O técnico admitiu que o confinamento até poderá ter beneficiado o triatleta do Benfica João Pereira, quinto no Rio2016: “Foi operado em dezembro e estava a fazer a recuperação, até que, com o adiamento dos Jogos, abrandámos o processo de treino e, se calhar, até está melhor agora do que antes de aparecer a covid-19”.
O campeão da Europa em 2017 na distância ‘sprint’ e olímpica e atual vice-campeão vai voltar a estagiar em Avis, durante nove dias, tendo ainda pendente uma deslocação aos Pirenéus, em França, para treino em altitude, mediante a retoma de voos e a reabertura de fronteiras, antes do Mundial de estafetas.
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