O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse ter esperança de que o Governo liderado por Luís Montenegro promova “algumas alterações, algumas melhorias” no desporto, ambicionando maior peso político do setor.

“Eu quero ter a esperança de que sim, de que há possibilidade de introduzir algumas alterações, algumas melhorias. Não quero, à partida, ter uma visão cética e pessimista da vontade dos novos governantes. Portanto, tenho a esperança de que a nova equipa consiga fazer essas alterações”, afirmou José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa.

O dirigente assumiu estas expectativas sobre a tutela governamental à margem da assinatura de um protocolo entre o COP e a Ordem dos Médicos, para a criação de um livro e a organização de uma exposição sobre os 17 atletas olímpicos médicos portugueses.

A criação do Ministério da Juventude e Modernização, liderado por Margarida Balseiro Lopes, deverá levar à separação entre as tutelas do Desporto e da Juventude fundidas pelo executivo liderado por Pedro Passos Coelho e mantidas por António Costa, assim como do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

“Eu acho que é positivo separar o desporto da juventude, em termos de orgânica do Estado, e, sobretudo, o instituto ou os institutos que são responsáveis por estas áreas, do ponto de vista da administração pública”, referiu Constantino.

Ao nível ministerial, o Desporto vai permanecer sob a alçada dos Assuntos Parlamentares, e do ministro Pedro Duarte, tal como acontecia no mais recente Governo socialista, com Ana Catarina Mendes, depois de ter estado sob a tutela da Educação, com Tiago Brandão Rodrigues.

“Questão distinta é o peso político que o titular da pasta terá junto do Governo. Conhecemos já quem é o ministro com a tutela da área do Desporto [Pedro Duarte], aguardamos o anúncio de quem será o secretário de Estado e, portanto, vamos ter de esperar para avaliar se esta alteração orgânica, que considero positiva, tem também uma tradução do ponto de vista do aumento peso político no seio da orgânica do Estado”, concluiu.