A Agência Russa Antidopagem (RUSADA, na sigla inglesa) confirmou hoje que não vai recorrer das restrições impostas ao desporto russo, banido de eventos internacionais por dois anos.

"A RUSADA considera este um capítulo encerrado e quer avançar e trabalhar comprometida com a Agência Mundial Antidopagem, com vista a ser reintegrada como membro de pleno direito", pode ler-se no comunicado da agência russa, que não deixou de considerar a decisão "defeituosa e parcial".

Em dezembro de 2020, o Tribunal Arbitral do Desporto confirmou a decisão da Agência Mundial Antidopagem, que tinha decidido que dados relativos a amostras de sangue tinham sido manipulados.

A sanção era de quatro anos de fora de eventos internacionais e aplica-se sobre o nome do país, a bandeira e o hino: por exemplo, no Mundial de andebol masculino a decorrer, a equipa em prova representa a Federação de Andebol da Rússia, sem bandeira ou hino.

Ainda assim, a decisão deste tribunal reduziu de quatro para dois anos o período das sanções, além de afrouxar os requisitos para a participação de atletas russos nas provas, nas quais deixam de estar abrangidos os Jogos Olímpicos Paris2024, principal evento no horizonte agora reduzido da medida.

Comprometida com "ajudar os atletas russos a manterem-se limpos", a RUSADA espera defender os interesses dos desportistas ao não recorrer da decisão, que se aplica até 16 de dezembro de 2022, abrangendo dois Jogos: os de verão de Tóquio2020, adiados para este ano, e de inverno em Pequim2022, em fevereiro desse ano.