A pandemia de COVID-19 forçou os atletas dos quatro cantos do mundo a encontrarem formas de se manter em forma, em isolamento em casa, depois do fecho das instalações desportivas. A iraniana Maryam Toosi teve de improvisar e escolheu o terraço do seu prédio para manter a forma.
Esta velocista de sucesso nas pistas é uma celebridade no Irão, onde ostenta os recordes nacionais dos 100, 200 e 400 metros, além de ter conquistado duas medalhas de ouro nos campeonatos asiáticos em pista coberta, em 2012 e em 2014.
Aos 31 anos e em isolamento por causa do coronavírus, Toosi decidiu manter-se em forma, treinando no terraço do edifício onde mora.
"Treino em casa, em qualquer espaço que possa usar, como o terraço, mas também dentro de casa ou na rua ao lado do edifício. Tem lá um espaço verde e treino quando não tem ninguém", explica Toosi à AFP, ela que tem 159.000 seguidores no Instagram.
O seu apartamento está situado em Shahr Ara, um bairro populoso de Teerão, a enorme capital iraniana, onde poucos espaços ao ar livre estão abertos ao público.
"Temos que manter a nossa forma física já que as competições começarão mais para frente e teremos que superar os desafios", afirma.
O coronavírus causou a morte de cerca de 7.200 pessoas no Irão, o país mais afetado pela pandemia no Médio Oriente.
O governo ordenou, em meados de março, o fecho das instalações desportivas como parte das medidas adotadas para travar a propagação do vírus, o que obrigou os atletas a procurar novos espaços, inclusive parques públicos de Teerão.
Um grupo de jovens jogadores de futebol viu-se assim obrigado a deslocar os seus habitais jogos para um parque situado entre as avenidas do oeste da capital.
"Ligaram-nos a perguntar onde poderiam treinar, já que todos os campos foram fechados. Foram levados aos parques, respeitando os protocolos de saúde e de distanciamento social. Dá para treinar onde há um pouco de relva", conta o treinador de guarda-redes, Soheil Jelveh.
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