Atletas e coordenadores de Sporting de Braga e Benfica exultaram hoje com os pódios feminino e masculino, respetivamente, na Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta-mato, em Albufeira, em que o Sporting assumiu a desilusão pelo “mau dia”.
Na pista das Açoteias, as bracarenses conquistaram a medalha de prata no setor feminino, melhorando o terceiro lugar da edição do ano passado, enquanto os benfiquistas alcançaram o bronze no setor masculino, depois do quarto lugar de 2023.
“O principal objetivo era melhorar o lugar coletivo. Este ano ambicionávamos mais, mas temos de estar satisfeitos e orgulhosos com o segundo lugar. No próximo ano, as ambições serão maiores, mas estaremos preparadas para corresponder às expectativas”, disse Mariana Machado, a melhor atleta portuguesa e europeia em prova.
Em femininos, o Sporting de Braga fechou a sua equipa no segundo lugar com a etíope Asmarech Anley (terceira), Mariana Machado (sexta) e Vanessa Carvalho (17.ª), somando 26 pontos, a três das campeãs, o Batman Petrol (Turquia).
“Os objetivos passavam, declaradamente, por um lugar no pódio. O ano passado fomos terceiras, este ano somos vice-campeãs, o que nos abre boas perspetivas para continuar a apostar e aspirar ao título europeu. Esperamos que nos próximo anos consigamos trazer o tão ambicionado título”, declarou a treinadora do Sporting de Braga, Sameiro Araújo.
Em masculinos, o queniano Edward Pingua Zakayo (Benfica), quarto, Etson Barros (11.º) e Samuel Barata (15.º) fecharam as contas do Benfica, terceiro classificado, com 30 pontos, atrás dos espanhóis do Playas de Castellón (16) e dos franceses do De Athle (21).
“Todos os atletas que hoje participaram como seniores já tinham competido por nós como juniores. É um trabalho de paciência que temos estado a fazer e o caminho é este. Estamos muito contentes e, como campeões nacionais, para o ano tencionamos vir cá com mais ambição. Não foi hoje [que ganhámos], será num futuro próximo”, disse a coordenadora do Benfica Olímpico dos ‘encarnados’, Ana Oliveira.
Etson Barros foi o melhor português, no 11.º lugar, e no final destacou a “boa classificação” coletiva alcançada pela sua equipa.
O Sporting, a equipa mais titulada na história da Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta-mato, desiludiu em termos coletivos, com o quinto lugar em masculinos e o sexto em femininos, um ano depois de ter sido vice-campeão europeu masculino e quarto classificado em femininos.
Na prova masculina, em que Rui Pinto desistiu, o queniano Vincent Rono foi o melhor atleta ‘leonino’, no 14.º lugar, e em femininos a melhor corredora sportinguista foi a queniana Fancy Cherono (10.ª).
“Sem dúvida que esperávamos melhor. Mas foi um mau dia, quer para a equipa masculina, quer para a equipa feminina. Entrámos ‘tarde’ nas corridas e fechámos mal. Tivemos o infortúnio de o Rui Pinto ter desistido e de a Ana Mafalda Ferreira não ter estado num dia particularmente bom. O balanço não é obviamente positivo para aquilo que era a nossa ambição e, sobretudo, a história que o Sporting tem nesta competição”, justificou Paulo Reis, diretor de atletismo dos ‘leões’.
Individualmente, a competição continental foi disputada em simultâneo com o Crosse Internacional das Amendoeiras em Flor, em que triunfaram o espanhol Thierry Ndikumwenayo, que já tinha vencido em 2021, e a etíope Likina Amebaw, vencedora pela terceira vez (2021 e 2023).
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