Chamado para o 'cinco' inicial frente à Itália o poste angolano Eduardo Mingas, o africano que mais vezes disputou a prova, voltou a ter celebração individual nesta segunda-feira, já que a seleção nacional de Angola repetiu atuação descolorida corporizada em 31 pontos de diferença.
O “número 15” de Angola cumpre jornada histórica. Ao pisar o palco do Mundial2019, Mingas inscreveu nova página na história do basquetebol nacional, ao tornar-se no jogador africano que mais vezes disputou a principal prova da FIBA.
As suas actuações nos dois jogos já realizados (Sérvia, 59-105; Itália, 61-92) são modestas, como, de resto, a exibição do combinado angolano. E nem se trata tanto das diferenças numéricas (pontuais), mas, fundamentalmente, pela modesta exibição, descaracterização e fraca competitividade.
Daí que, pelos palcos do Mundial, resta o consolo de Mingas deter mais este feito inédito, depois de, na edição anterior, um compatriota seu, Yannick Moreira, ter entrado para a história pelo recorde de pontos numa partida (38).
O marco do extremo-poste do 1.º de Agosto, de 40 anos de idade e 1,98 m, só é igualado pelo extremo-base brasileiro Marcelo Machado, e pelo extremo-poste porto-riquenho Daniel Santiago, que também estiveram em cinco campeonatos do Mundo.
Natural de Saurimo, Província da Lunda Sul, Mingas estreou-se, em Indianápolis’2002 (Estados Unidos da América), seguindo-se Saitama’2006 (Japão), onde Angola realizou a melhor prestação de sempre num Mundial (10.º lugar).
Quatro anos depois, exibiu-se em Kayseri (Turquia), seguindo-se Las Palmas de Gran Canária (Espanha), em 2014.
Na folha de serviço deste irreverente e lutador extremo-poste há passagens pelas principais equipas do país. No Interclube foi duas vezes MVP. Pelo Petro de Luanda conquistou dois títulos nacionais, duas Taças de Angola, uma Supertaça "Wlademiro Romero" e uma Taça dos Clubes Campeões Africanos.
Ajudou ainda o Recreativo do Libolo a vencer três "Nacionais", igual número de Taças de Angola, duas Supertaças e uma Taça dos Clubes Campeões Africanos.
Na sua actual agremiação, amealhou um campeonato nacional e uma AfroLiga, tendo sido considerado MVP nesta última competição.
Os registos da FIBA constam outros feitos inéditos de Angola, em que se destaca o primeiro jogador africano a entrar no “Hall OF Fame” – Jean Jacques da Conceição, a maior referência do basquetebol angolano.
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