A basquetebolista norte-americana Brittney Griner não está à espera de “nenhum milagre” no tribunal na Rússia, em que na terça-feira é julgado o recurso face à condenação a nove anos de prisão por posse e tráfico de drogas.

Em agosto, o tribunal de Khimki condenou a estrela do basquetebol feminino norte-americano, de 32 anos, a nove anos de prisão por tráfico de droga, no meio de tensões entre Rússia e Estados Unidos após a invasão russa à Ucrânia.

Griner, que jogava no Ecaterimburgo, foi detida em 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, depois de terem sido encontrados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na bagagem, segundo as autoridades russas.

A jogadora vai assistir à sessão por via telemática, num julgamento marcado para o Tribunal de Moscovo, e os advogados destacam a “personalidade muito forte”, o que a pode ‘segurar’ durante o processo, em que declinou jogar basquetebol na prisão, por ser “demasiado doloroso” para a campeã olímpica e mundial.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, propôs a Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, a troca desta e de Paul Whelan, condenado por espionagem, por Victor But, mas os russos propuseram incluir o checheno Vadim Krasikov, o que a Casa Branca declinou.

Em 12 de outubro, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse não ter intenção de se encontrar com Vladimir Putin, chefe de Estado da Rússia, na próxima cimeira do G20, em novembro, mas aludiu ao caso de Griner.

"Não pretendo reunir-me com ele. Mas se, por exemplo, me dissesse: 'Quero falar sobre Griner’, encontrar-me-ia com ele. O que quero dizer é que depende”, disse o democrata, em entrevista à televisão norte-americana CNN.

Por outro lado, Biden sublinhou que se recusaria a "negociar seja o que for com a Rússia, tendo com base" qualquer pretensão russa a ficar "com parte da Ucrânia".