Os bicampeões olímpicos Julio César La Cruz e Arlen López tornaram-se nos primeiros pugilistas de Cuba, residentes na ilha, a entrarem para o ranking do Conselho Mundial de Boxe (CMB). A informação foi confirmada na quarta-feira pela Federação Cubana de Boxe (FCB).

A inclusão de La Cruz e López no ranking do CMB, com sede no México e uma das quatro grandes organizações do boxe profissional, é "um passo importante para concretizar objetivos de maior alcance na atual temporada", disse o presidente da FCB, Alberto Puig.

Puig, citado pelo portal Jit, do Instituto Cubano de Desportos (Inder), considerou a notícia "um reconhecimento da qualidade do boxe cubano", que soma 80 títulos mundiais e 41 olímpicos.

O dirigente adiantou que outros pugilistas consagrados do país, como Roniel Iglesias, Yoenlis Hernández e Lázaro Álvarez, podem em breve figurar no ranking do CMB.

La Cruz e López, campeões olímpicos nos Jogos do Rio2016 e Tóquio2020, são os primeiros pugilistas residentes na ilha de Cuba a entrarem para o ranking atualizado do Conselho, onde aparecem outros atletas de origem cubana que emigraram para realizar o sonho de lutar nas grandes provas, entre eles Yordenis Ugás, Frank Sánchez e Luis "King Kong" Ortiz.

La Cruz, de 33 anos e capitão da equipa Domadores de Cuba, aparece na 20.ª posição na categoria peso cruzado, cujo campeão é o congolês Ilunga Makabu.

Por sua vez, López, de 29 anos, é o 27.º na lista dos meio-pesados, liderada pelo canadiano Artur Beterbiev.

"Agora temos a oportunidade de discutir e obter títulos mundiais profissionais em Cuba", disse La Cruz em declarações a uma rádio local.

Cuba voltou ao boxe profissional em maio de 2023, depois de seis décadas e, na sua primeira temporada nos circuitos profissionais, somou 15 vitórias e uma derrota.

O CMB tem, entre seus atuais campeões, craques do quilate do mexicano Canelo Álvarez, do norte-americano Errol Spence e do o britânico Tyson Fury.